Desabafos 2017/2018 - XV
A
César o que é de César. A César não basta ser, tem que também parecer.
Contudo,
o César não é nem parece. Mas a impunidade de César é de César, uma impunidade
a roçar a inimputabilidade, aquela que nos tempos presentes é outorgada aos
“pais da nação”, de uma Nação que já o foi e que hoje é uma farsa. Longe o
tempo em que Valores, Princípios, Moral e Ética eram os baluartes da Nação.
Neste
«Portugal dos pequeninos», César é um “grande”, um “pai”, um “padrinho”, um que
tudo controla, que tudo dá e que tudo recebe, sem princípios, mas com valores,
valores materiais, indevidos, que para a moral e a ética de César são devidos.
É
esta a república de César, não imperial, mas material, a quem tudo é devido, no
campo material, ele que se autointitula “pai da pátria”, da sua “pátria de
interesses”, materiais.
A
impunidade face a “pequenos delitos” é o caminho para os “grandes delitos”, que
para César, “pequenos” ou “grandes”, ficarão sempre impunes, dada a
inimputabilidade dos “pais da pátria”. Segundo ele, César.
Que
são, que significam Pátria e Nação para César, ele que na sua condição imperial
há muito que está acima de qualquer conceito Moral ou Ético? Pequenos nadas,
dir-se-á, no seu grande império material.
Será
a natureza humana serva do “vil metal”?
Um
dia, alguém dizia que «somos todos Charlie». Mas não éramos.
Hoje,
será que «somos todos César»? Com certeza que não!
E
amanhã, «somos todos Açorianos»? Há mais vida para além do dinheiro.
Rádio Portalegre, 23 de Abril de 2018
_______Ver:
https://observador.pt/videos/programa-comentarios/deputados-que-nao-se-respeitam-nem-se-fazem-respeitar/
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