O futuro em tempos difíceis
O futuro em tempos difíceis
No caso de uma vitória
socialista em Portugal, a Europa terá uma nova Grécia à beira da saída do Euro.
O programa eleitoral do
Partido Socialista resume-se a aumentos de despesa e diminuições de receita
Portugal é hoje um país mais
endividado, mais envelhecido, e menos qualificado dentro do quadro da Europa
ocidental.
Quanto ao facto de ser menos
qualificado, refira-se ao falhanço das políticas de educação seguidas desde a
denominada «Reforma Veiga Simão».
A economia portuguesa foi a
que menos cresceu na Europa do século XXI, como atestam os dados estatísticos.
Perante estes factos, no
documento do Fundo Monetário Internacional de avaliação dos trabalhos da missão
técnica a Portugal realizada no passado mês de março, e divulgada em maio, o
FMI defende que deve ser dada prioridade a uma maior redução do número de
funcionários [públicos], através de uma maior saída natural de trabalhadores
[pela não renovação de contratos] e de cortes direcionados para áreas com
pessoal a mais [significativo o excesso de funcionários nas autarquias].
O FMI defende ainda que a
atribuição de um crédito fiscal para famílias com baixos rendimentos é mais
eficaz na redução da pobreza do que o aumento do salário mínimo, que, considera
poder prejudicar a criação de emprego.
Também o relatório aconselha
a mais cortes na educação, um sector em que o sucesso escolar é uma falácia e
onde a indisciplina grassa na escola pública, com crescente achincalhamento da
classe docente, que é “carne para canhão” de sindicatos políticos.
Por fim, o FMI afirma que as
reformas estruturais implementadas pelo governo ainda não produziram os efeitos
desejados, por não terem sido concluídas.
Em tempo de eleições, tudo se
promete, mas seja o governo que se vier a formar após as eleições legislativas
do próximo outono, a denominada austeridade será ainda maior do que tem sido. O
que ainda resta da classe média irá desaparecer.
Mário Casa Nova Martins
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