Presidenciais e Presidenciável
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Presidenciais e Presidenciável
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O tempo corre célere, e o futuro está mais próximo do que
parece, é quase presente. E Portugal vai ter eleições para a presidência da
república nos inícios do próximo ano.
Embora não haja candidaturas assumidas, existem nomes de
candidatos que são pronunciáveis, como os de António Vitorino, Carvalho da
Silva ou Maria de Belém Roseira, na Esquerda, e Rui Rio, Manuela Ferreira Leite
e Marcelo Rebelo de Sousa no que os próprios chamam de Centro-Direita.
Certo é que, neste tempo, não há nenhum nome falado na área
da Direita, facto político que aconteceu sempre nesta terceira república. As
circunstâncias, concretamente a decapitação da Direita levada a cabo em 28 de
setembro de 1974 e em 11 de março de 1975, originam esta orfandade.
Contudo, é possível corrigir este facto político, este erro
de regime, já no próximo acto eleitoral presidencial, assim haja vontade, ou
vontades que em torno de um nome credível, impoluto, se congreguem esforços
para levar por diante uma verdadeira, com reais hipóteses de conquistar o seu espaço,
candidatura de Direita.
Manuel Monteiro não perde oportunidade para afirmar que não
tem qualquer interesse na vida político-partidária, acrescentando sempre que é
uma fase que está ultrapassada.
Por outro lado, insiste em dizer que a ausência do Estado
pode levar a fragilidades imensas por parte dos cidadãos, que o tema do Estado
não é abordado pela Direita, para quem o Estado é um ente perigoso e tem a
convicção que o Estado é o último reduto da defesa das liberdades individuais.
Face a tais ideias, surge em Manuel Monteiro a imagem de um
Homem de Estado, não já a figura de um político ou de um líder partidário.
Aliás, desde que deixou a política activa, Manuel Monteiro assume-se como que
figura tutelar de uma Direita nacional e conservadora, muitas das vezes
comportando-se como senador da república.
Ao longo dos anos que leva longe dos partidos nos quais
militou, PND e CDS, nunca deixou de ser um espectador comprometido com as vidas
destes dois pequenos partidos, principalmente do CDS, uma vez que hoje o PND
não é mais do que um partido regional madeirense. Longe da vista, mas não longe
do coração, dir-se-á.
É evidente que a Direita não se revê nos candidatos a candidatos
às presidenciais de 2016, que há data são Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro
Santana Lopes ou Rui Rio. Todos têm em comum o não se considerarem de Direita,
mas, ao mesmo tempo, consideram como seu o eleitorado de Direita, o qual
desprezam, mas do qual são eleitoralmente dependentes.
A esta distância temporal, afigura-se difícil a eleição de
um candidato à Direita da Esquerda. Mas não seria de todo impossível que
acontecesse, se, por uma vez, a Direita se apresentasse plural à primeira volta
das presidenciais, e que depois se unisse em torno da candidatura mais votada
para alcançar o objectivo primeiro que é a vitória na pugna eleitoral
Manuel Monteiro é um candidato presidencial credível na área
da Direita. Com Valores e Princípios, coerente, nunca deixou de ser uma voz que
defende a identidade nacional, num tempo muito difícil para o país e para os
portugueses.
Ainda há muito tempo para se congregarem vontades que levem
a que Manuel Monteiro assuma uma candidatura nacional à presidência da
república. Será um caminho árduo a percorrer, mas exequível, e, porventura,
vitorioso.
Mário Casa Nova Martins
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