Desabafos, 2014/2015 - XIV
Pintura Flamenga
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O Socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros.
Margaret Thatcher
Numa compilação de anedotas* feita pela
revista americana New Yorker, na sua
edição do passado dia 1 de março, alusivas ao ‘triunfo’ do socialismo na
Venezuela, uma delas é de uma assertividade que não deixa margem para
discussão:
_ Um inglês, um francês e um venezuelano olham
uma pintura de Adão e Eva. Para o inglês, a maçã prova que ambos são ingleses.
Para o francês, a nudez sugere que são franceses. Para o terceiro, são
venezuelanos, porque não têm que vestir, mal têm o que comer e alegadamente
vivem no Paraíso!
A graça que
transporta, transforma-se de imediato em angústia, sabendo-se o estado em que
este país está, fruto de mais uma experiência do ‘socialismo real’.
O povo sempre teve a
memória curta, e há muito que esqueceu o fracasso da experiência desse mesmo socialismo
no Chile de Salvador Allende, como não quer ver o estado de Cuba, outra
experiência desse mesmo socialismo, e ainda menos lembrar o que eram os países comunistas
na europa, e ainda o que hoje é a Coreia do Norte e a China.
A comunicação social
dominante, bem-pensante e filo-radical de esquerda, que domina os média nesta
europa decadente, apoia sempre estas experiências totalitárias, em nome e no
bom nome do progresso da sociedade, que de progresso nada tem, sendo mais um
regresso à barbárie, ao invocar o que de pior a natureza humana tem, como a
inveja, o ódio, o ressabiamento, a frustração, a mesquinhez.
Também as
universidades europeias na área das ciências sociais e humanas são o alfobre do
pensamento radical de esquerda, transformando os seus alunos em “carne para
canhão” de radicalismos, de que é exemplo os teóricos da aventura ou desventura
grega que se vive, e a qual acabará como todas as outras, um país económica e
socialmente destruído, sendo o seu povo quem mais irá sofrer, deixando-o ainda
mais pobre e desesperado.
O mesmo se pode dizer
da Venezuela, quando, num ‘salto para a frente’ são dados poderes excepcionais
ao presidente da República, com o objectivo de resolver os gravíssimos
problemas que o dito socialismo gerou no país, quando a finalidade é o caminho
para o totalitarismo.
Há quatro décadas,
Portugal caminhava ‘alegremente’ para o socialismo. Os tecidos económicos e
socias acabavam de ser destruídos. A universidade era um coito de ideias e
ideais totalitários. O comunismo galopava nas mentes, no campo e na rua. Tudo
parecia conduzir o país para o totalitarismo comunista. Portugal parecia um
país inviável, com o fim do Império.
Todavia, alguma
lucidez foi mantida, mas as consequências nefastas desse período ainda hoje se
sentem. E uma dessas consequências que perdura é uma Constituição que continua
fora da realidade do país e do mundo de hoje, e que é também um entrave na
senda do futuro de Portugal.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 23/03/2015
Mário Casa Nova Martins
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http://www.radioportalegre.pt/index.php/desabafos/mario-casanova-martins.html
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