Luís Filipe Meira
Preâmbulo
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Como ponto prévio a este texto, gostava de deixar explícito que não pretendo de forma alguma lavrar sentenças sobre os melhores livros ou sobre os melhores filmes de 2009. Se nem na música o faço, e esse é um terreno em que me movo com algum à vontade, nos livros e no cinema apenas o instinto e o gosto pessoal me move.
Aqui não se fazem críticas, mas apenas se deixam pistas. Gostaria que isso ficasse claro. Além do mais, poderá parecer bizarro e quiçá pretensioso vir aqui falar de livros e cinema, eu que vivo em Portalegre, cidade que nem tem uma sala de cinema de estreia, nem uma livraria como deve ser.
É verdade que nem as boas intenções da direcção do CAEP no que diz respeito ao cinema, nem a boa vontade dos proprietários da Papelaria Tavares são suficientes. Portanto, caro leitor, é com humildade, mas sem complexo, que aqui vou deixar algumas notas sobre os livros que li e que tenho em carteira. E sobre os filmes que vi e que mais gostei, a maioria passou pelo meu leitor de DVD, o que à partida lhe retira impacto, pois o cinema deve ser – sempre que possível – visto em sala.
Aqui não se fazem críticas, mas apenas se deixam pistas. Gostaria que isso ficasse claro. Além do mais, poderá parecer bizarro e quiçá pretensioso vir aqui falar de livros e cinema, eu que vivo em Portalegre, cidade que nem tem uma sala de cinema de estreia, nem uma livraria como deve ser.
É verdade que nem as boas intenções da direcção do CAEP no que diz respeito ao cinema, nem a boa vontade dos proprietários da Papelaria Tavares são suficientes. Portanto, caro leitor, é com humildade, mas sem complexo, que aqui vou deixar algumas notas sobre os livros que li e que tenho em carteira. E sobre os filmes que vi e que mais gostei, a maioria passou pelo meu leitor de DVD, o que à partida lhe retira impacto, pois o cinema deve ser – sempre que possível – visto em sala.
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RELATÓRIO
RELATÓRIO
Livros
Não sou um leitor compulsivo, nem mesmo regular, aliás, já disse várias vezes que tenho pena, mas leio por obrigação e não por paixão, o que me obriga a alguma luta interior, principalmente se o livro que acabei não foi suficientemente estimulante para de seguida pegar num outro.
O ano que há pouco findou foi marcado por Roberto Bolaño, escritor chileno já falecido, cujo livro póstumo, 2666, foi editado em Portugal em 2009.
Está na minha estante já vai algum tempo, mas as suas 1025 páginas não têm sido suficientemente apelativas. Além do mais, tem ao lado A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, o terceiro volume da trilogia Millenium do sueco Stieg Larsson, também já falecido. Os dois primeiros volumes são absolutamente fascinantes, e este terceiro parece que vai pelo mesmo caminho, ele que tem mais de 700 páginas.
Ainda não sei se pego em Bolaño se em Larsson, mas vou fazê-lo brevemente, até porque acabei de ler Invisivel de Paul Auster, que me deu fôlego para me atirar a qualquer um dos calhamaços citados.
Mais de 600 páginas tem também O Mago, biografia de Paulo Coelho, assinada por Paulo Morais. A fascinante história do escritor que mais vende no mundo, e que mais arrasado tem sido pelos críticos literários. Eu por acaso, ou talvez não…, gostei mais da biografia do que gosto dos livros do biografado.
Belo livro é também Deixem Passar o Homem Invisível, do meu amigo Rui Cardoso Martins, sobre o qual temos uma conversa mais ou menos combinada já lá vai algum tempo, e que terá que sair brevemente.
Não gostei de No Teu Deserto de Miguel Sousa Tavares, soube-me mesmo a desilusão.
De John Updike, que faleceu em 2009, li o muito interessante O Terrorista, romance onde Updike narra a história de um jovem desde o radicalismo até ao fundamentalismo e terrorismo.
Referência positiva final para Leite Derramado de Chico Buarque, o compositor / escritor que apresentou um livro ao nível das suas melhores canções.
O ano que há pouco findou foi marcado por Roberto Bolaño, escritor chileno já falecido, cujo livro póstumo, 2666, foi editado em Portugal em 2009.
Está na minha estante já vai algum tempo, mas as suas 1025 páginas não têm sido suficientemente apelativas. Além do mais, tem ao lado A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, o terceiro volume da trilogia Millenium do sueco Stieg Larsson, também já falecido. Os dois primeiros volumes são absolutamente fascinantes, e este terceiro parece que vai pelo mesmo caminho, ele que tem mais de 700 páginas.
Ainda não sei se pego em Bolaño se em Larsson, mas vou fazê-lo brevemente, até porque acabei de ler Invisivel de Paul Auster, que me deu fôlego para me atirar a qualquer um dos calhamaços citados.
Mais de 600 páginas tem também O Mago, biografia de Paulo Coelho, assinada por Paulo Morais. A fascinante história do escritor que mais vende no mundo, e que mais arrasado tem sido pelos críticos literários. Eu por acaso, ou talvez não…, gostei mais da biografia do que gosto dos livros do biografado.
Belo livro é também Deixem Passar o Homem Invisível, do meu amigo Rui Cardoso Martins, sobre o qual temos uma conversa mais ou menos combinada já lá vai algum tempo, e que terá que sair brevemente.
Não gostei de No Teu Deserto de Miguel Sousa Tavares, soube-me mesmo a desilusão.
De John Updike, que faleceu em 2009, li o muito interessante O Terrorista, romance onde Updike narra a história de um jovem desde o radicalismo até ao fundamentalismo e terrorismo.
Referência positiva final para Leite Derramado de Chico Buarque, o compositor / escritor que apresentou um livro ao nível das suas melhores canções.
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RELATÓRIO
Filmes
RELATÓRIO
Filmes
Mais um grande ano para Clint Eastwood o meu realizador / actor preferido. Primeiro foi o comovente A Troca com Angelina Jolie num conseguido papel de uma mãe cujo filho desaparece. Depois chegou Gran Torino, com Clint a realizar e a protagonizar aquele que é já um dos filmes da minha vida, ele que em 2010 vai apresentar Hereafter, com Matt Damon e Cecile de France.
Mas, felizmente, o ano não se ficou por Eastwood, e trouxe-nos os muito recomendáveis Inimigos Públicos de Michael Mann, Sacanas sem Lei de Quentin Tarrantino, O Estranho Caso de Benjamin Button de David Fincher, Milk de Gus Van Sant, Wrestler de Darren Aronofsky, e Abraços Desfeitos, um Almodovar mais contido, não tão provocador mas ainda assim um magnifico filme do qual gostei imenso.
Mas, felizmente, o ano não se ficou por Eastwood, e trouxe-nos os muito recomendáveis Inimigos Públicos de Michael Mann, Sacanas sem Lei de Quentin Tarrantino, O Estranho Caso de Benjamin Button de David Fincher, Milk de Gus Van Sant, Wrestler de Darren Aronofsky, e Abraços Desfeitos, um Almodovar mais contido, não tão provocador mas ainda assim um magnifico filme do qual gostei imenso.
Para ver na primeira oportunidade ficam Estado de Guerra de Kathryn Bigelow, Tetro o novo Coppolla que divide opiniões, e Ne Change Rien de Pedro Costa.
Na minha lista de favoritos do Meo Videoclube, para ver brevemente tenho Singularidades de Uma Rapariga Loira de Manuel de Oliveira, e A Guerrilha, segunda parte da saga de Ernesto Che Guevara ao lado de Fidel Castro na tomada de Cuba e que Steven Soderbergh dirigiu com Benicio del Toro no papel de El Comandante.
Como o cinema português não chega ao DVD, pouco ou nada vi, fica no entanto a memória do belíssimo Um Amor de Perdição de Mário Barroso, que em tempo certo elogiei neste espaço.
Luís Filipe Meira
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