Mário Silva Freire
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Até sempre, Padre Patrão!
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Até sempre, Padre Patrão!
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Mais um amigo de longa data partiu para não mais voltar! Nesta hora de grande mágoa, as palavras não chegam para expressarmos a saudade que já sentimos pelas opiniões sábias que expendia a respeito da realidade que nos envolve, pelos comentários de fino humor a propósito dos acontecimentos do dia a dia, pelo saber que fazia transparecer, sem exibicionismos, nos assuntos que dominava, pelo conselho avisado que sugeria, quando algum lhe era solicitado, enfim, pela presença sempre amiga com que nos enriquecia.
Se estes eram alguns dos traços que definiam a personalidade mais privada do Padre Patrão, não pode esquecer-se, nesta altura, a sua faceta de homem público e intervencionista.
Como director do jornal O Distrito de Portalegre, numa altura em que o País se debatia com uma Revolução, ele soube manter este órgão de informação diocesano ao abrigo dos facciosismos da época, sem que isso impedisse de fazer dele um meio de comunicação aberto ao que se estava a passar na sociedade portuguesa. O Padre Patrão foi, ainda, um espírito livre, pondo em letra de forma os seus comentários sobre a realidade social de Portalegre e do País e, até, de actos da própria Igreja Diocesana. Nem sempre a suas opiniões foram convenientemente compreendidas pelos poderes vigentes.
Mas ele deixou-nos, igualmente, uma obra de grande valor no domínio da investigação histórica. Para além dos múltiplos trabalhos que deixou espalhados por várias publicações, em especial na Revista A Cidade, há que destacar as três últimas obras publicadas: Catedral de Portalegre – Guia de Visitação; Portalegre – Fundação da Cidade e do Bispado, Levantamento e progresso da Catedral e, por último, Gavião – Memórias do Concelho. Ele deixou ultimado, ainda, e apto para publicação, um trabalho de mais de 400 páginas; trata-se de um estudo sobre as igrejas e ermidas antigas de Portalegre. Este estudo não pode ficar esquecido no disco do seu computador.
Desapareceu um homem de uma grande sabedoria, de um grande saber e, por isso mesmo, de uma grande humildade. Ele soube ser um sacerdote e pastor de almas que, sem alardes, transmitia a mensagem de Cristo, não só através da sua palavra simples mas directa e enraizada na vida, mas também das obras de arte religiosa que ele descobria e estudava. A sua memória dificilmente será apagada pelos estudiosos da arte sacra mas, principalmente, pelos inúmeros amigos que deixou.
Se estes eram alguns dos traços que definiam a personalidade mais privada do Padre Patrão, não pode esquecer-se, nesta altura, a sua faceta de homem público e intervencionista.
Como director do jornal O Distrito de Portalegre, numa altura em que o País se debatia com uma Revolução, ele soube manter este órgão de informação diocesano ao abrigo dos facciosismos da época, sem que isso impedisse de fazer dele um meio de comunicação aberto ao que se estava a passar na sociedade portuguesa. O Padre Patrão foi, ainda, um espírito livre, pondo em letra de forma os seus comentários sobre a realidade social de Portalegre e do País e, até, de actos da própria Igreja Diocesana. Nem sempre a suas opiniões foram convenientemente compreendidas pelos poderes vigentes.
Mas ele deixou-nos, igualmente, uma obra de grande valor no domínio da investigação histórica. Para além dos múltiplos trabalhos que deixou espalhados por várias publicações, em especial na Revista A Cidade, há que destacar as três últimas obras publicadas: Catedral de Portalegre – Guia de Visitação; Portalegre – Fundação da Cidade e do Bispado, Levantamento e progresso da Catedral e, por último, Gavião – Memórias do Concelho. Ele deixou ultimado, ainda, e apto para publicação, um trabalho de mais de 400 páginas; trata-se de um estudo sobre as igrejas e ermidas antigas de Portalegre. Este estudo não pode ficar esquecido no disco do seu computador.
Desapareceu um homem de uma grande sabedoria, de um grande saber e, por isso mesmo, de uma grande humildade. Ele soube ser um sacerdote e pastor de almas que, sem alardes, transmitia a mensagem de Cristo, não só através da sua palavra simples mas directa e enraizada na vida, mas também das obras de arte religiosa que ele descobria e estudava. A sua memória dificilmente será apagada pelos estudiosos da arte sacra mas, principalmente, pelos inúmeros amigos que deixou.
Mário Freire
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