\ A VOZ PORTALEGRENSE: Eleições de fim-de-semana

segunda-feira, abril 23, 2007

Eleições de fim-de-semana

No rescaldo de um fim-de-semana eleitoral intra e extra muros, muitas ilações poder-se-ão tirar.

Começando pela eleição do líder do CDS-PP, o número de votantes, 7563, corresponde a 22% dos militantes. A questão que se coloca é de se saber se o número total, a rondar os 35.000, incluem os militantes do partido e das suas organizações autónomas, como a JP ou a FTDC (certamente haverá outras, mas o afastamento do Partido já tem alguns anos pelo que hoje não temas a informação completa, aliado ao facto de neste preciso momento o site oficial
está em renovação).
É que os militantes das organizações autónomas também tiveram direito a voto, tal como aconteceria em Congresso, se bem que neste Órgão há sempre quotas.
Todos podendo votar, não existindo quotas para os organismos autónomos, é fácil perceber o “interesse” de Paulo Portas em eleições directas.
Com fortíssimo apoio na Juventude Popular, fácil se tornava a maioria dos votos e consequente vitória. Compreende-se, pois, o volumoso resultado que alcançou, contados os votos.
Mas, que fique bem claro que os ficheiros do CDS-PP estão mais do que “inflacionados”… o Partido não tem tantos militantes como faz querer.
Mas, a vitória de Portas é clara e é, como já o afirmámos, o mal menor.

Quanto às eleições presidenciais francesas, as sondagens tiveram o seu momento de glória, acertaram. Só o valor percentual de Nicolas Sarkozy e Jean-Marie le Pen não correspondeu ao que se esperava, o primeiro muito acima das expectativas, e o outro em baixo.
Le Pen mostrou-se “dispensável”, ao Sarkozy ter “adoptado” as suas bandeiras. Passados estes anos desde as últimas eleições o Front National como que cristalizou, quiçá, a idade do líder a isso ajude. Sem novas ideais, tendo deixado “fugiu” as de há longos anos para Direita do sistema, viu os eleitores apoiarem o arqui-inimigo.
É tempo de le Pen dar lugar aos mais novos, e retirar-se.
Por outro lado, o Centro-Direita está forte e pode vir a ganhar o pleito, contra a nossa “vontade”.
Nestes últimos anos houve uma reconstrução da Esquerda Francesa, tornando-a mais apelativa aos jovens, ao contrário da Direita. Neutralizada a Extrema-Esquerda, a Esquerda Francesa pode vir a sonhar com o Poder que há muito lhe foge.
MM