Do Alfarrabista
Da Livraria Vieira - Livreiros Alfarrabistas, Porto, chegou este livro de Pedro Homem de Mello “Cartas de Inglaterra”.
De entre os poemas que o livro, escolhemos o abaixo transcrito.
De entre os poemas que o livro, escolhemos o abaixo transcrito.
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BANDEIRA AZUL E BRANCA
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-Será teatro?
- Sempre fui actor…
Sempre menti, mesmo a falar verdade!
Se a voz da morte, ingénua, persuade,
Ouvi-me!
Ouvi-me!
Ouvi-me,
Por favor!
Trago nas veias glóbulos de Arzila
E, desta vez (eu juro-vos!) não minto.
- Nuno Gonçalves por Afonso Quinto,
Armado cavaleiro, ainda vacila…
Oiço o Povo, fiel à Monarquia:
- Bem antes de, no Porto, andarem cães,
Homens (dos teus!) já havia
Em Atães.
E hei-de, cadáver, sentir,
Firme, firme em cada anca
(- Venho de Alcácer Kibir…)
Nu, o meu corpo embrulhado
(Como se farda um soldado)
Na bandeira azul e branca!
- Sempre fui actor…
Sempre menti, mesmo a falar verdade!
Se a voz da morte, ingénua, persuade,
Ouvi-me!
Ouvi-me!
Ouvi-me,
Por favor!
Trago nas veias glóbulos de Arzila
E, desta vez (eu juro-vos!) não minto.
- Nuno Gonçalves por Afonso Quinto,
Armado cavaleiro, ainda vacila…
Oiço o Povo, fiel à Monarquia:
- Bem antes de, no Porto, andarem cães,
Homens (dos teus!) já havia
Em Atães.
E hei-de, cadáver, sentir,
Firme, firme em cada anca
(- Venho de Alcácer Kibir…)
Nu, o meu corpo embrulhado
(Como se farda um soldado)
Na bandeira azul e branca!
in, Cartas de Inglaterra, p.114/115
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