História e Leis
Negar o genocídio dá cadeia
ARMÉNIOS Qualquer francês que se atreva a repudiar que o povo arménio sofreu “genocídio” às mãos dos turcos (1915) arrisca-se a um ano de prisão e a uma multa. Na quinta-feira, o Parlamento francês aprovou uma lei que criminaliza essa negação. A Turquia ameaçou Paris com sanções económicas.
Expresso, 14 de Outubro de 2006
p. 36 PRIMEIRO CADERNO
p. 36 PRIMEIRO CADERNO
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Seria estranha esta lei se na Turquia não existisse lei contrária. Naquele país não-europeu, é crime afirmar que existiu o genocídio de arménios (http://www.genocidioarmenio.org/), e também curdos, na Primeira Grande Guerra.
Fala-se apenas nos arménios, porque têm uma importância económica superior aos curdos.
Aliás, é fácil estabelecer um paralelo com a lei que proíbe a negação do chamado holocausto na Segunda Grande Guerra.
Nos Campos de Trabalho alemães, durante o Nacional-Socialismo, morreu gente de diferentes etnias, profissões e credos. Contudo, apenas se fala do denominado extermínio de seis milhões de judeus.
Tal acontece dada a importância económica deste grupo, aliada a uma situação de natureza política, a criação do Estado de Israel.
Fala-se apenas nos arménios, porque têm uma importância económica superior aos curdos.
Aliás, é fácil estabelecer um paralelo com a lei que proíbe a negação do chamado holocausto na Segunda Grande Guerra.
Nos Campos de Trabalho alemães, durante o Nacional-Socialismo, morreu gente de diferentes etnias, profissões e credos. Contudo, apenas se fala do denominado extermínio de seis milhões de judeus.
Tal acontece dada a importância económica deste grupo, aliada a uma situação de natureza política, a criação do Estado de Israel.
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O Mundo não pára, e esta semana foi divulgada a cifra de 650.000 mortos, desde que a força invasora liderada pelos anglo-saxões entrou no Iraque.
Contrapôs os EUA, pela voz do seu presidente, George W. Bush, que tal número era exagerado, pois pelas contas das autoridades iraquianas e americanas, aquele valor andaria à roda de 50.000.
Cremos que ambos os números pecam, o primeiro por excesso e o segundo por defeito. Contudo este dramático pormenor de algarismos leva a falar do número mitológico de “seis milhões”.
Este algarismo “seis milhões” é falado em Portugal como o número de adeptos do Sport Lisboa e Benfica. Todavia, é impossível quantificar com rigor a veracidade desse valor, crendo-se que é mais do que exagerado.
Noutras latitudes, os “seis milhões” é o número de judeus mortos pelos alemães durante o período nazi. Inicialmente, para se chegar a esse número, no campo polaco de Auschwitz, e uma placa exibia-o, morreram quatro milhões. Porém, hoje em dia essa placa foi retirada e outra colocada em seu lugar, reduzindo aquele número para um milhão e quatrocentos mil. Então é impossível atingir-se os tais “seis milhões”, para não falar de outros números de valor mais elevado que também surgiram, mas foram sendo reduzidos com o tempo.
Mas, o algarismo “seis milhões” já tinha surgido em 1919, e também atribuível ao número de judeus polacos e russos à beira de serem mortos, como documenta o livro de Don Heddesheimer “The First Holocaust: Jewish Fund Raising Campaigns with Holocaust Claims During and After World War I”.
Contrapôs os EUA, pela voz do seu presidente, George W. Bush, que tal número era exagerado, pois pelas contas das autoridades iraquianas e americanas, aquele valor andaria à roda de 50.000.
Cremos que ambos os números pecam, o primeiro por excesso e o segundo por defeito. Contudo este dramático pormenor de algarismos leva a falar do número mitológico de “seis milhões”.
Este algarismo “seis milhões” é falado em Portugal como o número de adeptos do Sport Lisboa e Benfica. Todavia, é impossível quantificar com rigor a veracidade desse valor, crendo-se que é mais do que exagerado.
Noutras latitudes, os “seis milhões” é o número de judeus mortos pelos alemães durante o período nazi. Inicialmente, para se chegar a esse número, no campo polaco de Auschwitz, e uma placa exibia-o, morreram quatro milhões. Porém, hoje em dia essa placa foi retirada e outra colocada em seu lugar, reduzindo aquele número para um milhão e quatrocentos mil. Então é impossível atingir-se os tais “seis milhões”, para não falar de outros números de valor mais elevado que também surgiram, mas foram sendo reduzidos com o tempo.
Mas, o algarismo “seis milhões” já tinha surgido em 1919, e também atribuível ao número de judeus polacos e russos à beira de serem mortos, como documenta o livro de Don Heddesheimer “The First Holocaust: Jewish Fund Raising Campaigns with Holocaust Claims During and After World War I”.
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A História relatou e provou o drama arménio e curdo em 1914-1918. Negá-lo, como fazem as autoridades turcas é uma razão de Estado. Nada mais.
Não existe documentação que prove os seis milhões de judeus na eminência de serem mortos, mas prova-se a importância da comunidade judaica na instituição e institucionalização dos Campos de Trabalho na Rússia Soviética, com Trotsky a liderar o processo.
O número de mortes de judeus na Alemanha entre 1933 e 1945 apresenta valores díspares. A abertura de documentação alemã daquele período que os soviéticos levaram da Alemanha e da Polónia no final da segunda Guerra Mundial esclarece muito este ponto, tal como o livro de Walter N. Sanning “The Dissolution of Eastern European Jewry”.
A História é uma ciência, mas a versão menos duradoura será sempre a oficial, porque haverá sempre tempo, com o tempo, para que a Verdade seja conhecida, e então já não é a História de Vencedores ou de Vencidos, mas, História. [mj]
Não existe documentação que prove os seis milhões de judeus na eminência de serem mortos, mas prova-se a importância da comunidade judaica na instituição e institucionalização dos Campos de Trabalho na Rússia Soviética, com Trotsky a liderar o processo.
O número de mortes de judeus na Alemanha entre 1933 e 1945 apresenta valores díspares. A abertura de documentação alemã daquele período que os soviéticos levaram da Alemanha e da Polónia no final da segunda Guerra Mundial esclarece muito este ponto, tal como o livro de Walter N. Sanning “The Dissolution of Eastern European Jewry”.
A História é uma ciência, mas a versão menos duradoura será sempre a oficial, porque haverá sempre tempo, com o tempo, para que a Verdade seja conhecida, e então já não é a História de Vencedores ou de Vencidos, mas, História. [mj]
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