Desabafos 2023/24 - I
Há guerra na Europa. A Europa está em guerra, e com uma
intensidade cada vez maior. Para mal de todos os Europeus.
A guerra está activa na Ucrânia, entre a Rússia e os EUA por
procuração. Não se prevê o fim do conflito, mas que terminará quando os
americanos quiserem.
Está-se em pré-guerra nos Balcãs, uma vez mais uma
confrontação entre os EUA, aliados do Kosovo e Albânia, e a Rússia, aliada da
Sérvia. A Croácia contribui para o agudizar da situação, ela que é aliada da
Alemanha, para não se lhe chamar protectorado.
Arménia e Azerbaijão estão em pré-guerra, por causa do
enclave de Nagomo-Karabackh, disputa interminável num espeço físico no qual a
Rússia é aliada da Arménia, e a Turquia e os EUA aliados do Azerbaijão.
Não na Europa mas como se nela fosse, reacendeu-se com
grande violência, de parte a parte, o conflito Israel-Palestiniano.
A União Europeia, da qual faz parte Portugal, toma partido
nestes conflitos sempre ao lado dos EUA, não conseguindo ter uma política
externa independente dos americanos. A política externa da União Europeia, mais
do que maniqueísta é de uma subserviência total face aos EUA, sempre que na
presidência americana está um elemento do Partido Democrático.
Longe vai o tempo em que a Europa tinha estadistas como
Charles de Gaulle, que nunca se curvou perante os ditames americanos.
A União Europeia está falha de líderes que coloquem os
interesses europeus em primeiro lugar. E aqueles que se opõem aos não-eleitos
eurocratas de Bruxelas são marginalizados e acusados de populistas.
A União Europeia será a grande perdedora em todo este
contexto geopolítico.
Enquanto isso, a China aumenta o seu poder em África, na
Ásia, e na América do Sul. E a Europa é cada vez mais uma ilha à deriva no meio
de oceanos turbulentos, tornando-se insignificante.
16 de Setembro de 2023
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