Desabafos 2017/2018 - VII
Que
venha quem nunca pensou no primeiro dia de Ano Novo, que o ano que começa será
melhor do que o acabou.
Porém,
há uma verdade indesmentível, que é o facto de mais um ano se ter passado, e o
ser humano, cada ano que passa, fica mais velho, no inexorável caminho para o
fim da sua vida terrena.
A
finitude da vida nunca é lembrada no início de cada ano, mas as quatro
estações, primavera, verão, outono e inverno, mostram que a própria vida é um
ciclo que não se renova, que avança rumo à eternidade.
Que
ano irá ser este de 2018, neste calendário juliano, de um tempo de muitas eras
pelas quais a terra, planeta do sistema solar, um ponto microscópico no
universo, tem passado e irá passar, até ao arrefecimento da sua estrela, em
torno da qual gira, e que um dia num tempo futuro deixará de brilhar.
2018
será um ano de muitos acontecimentos, mas a decadência da Europa continuará.
Outrora farol da humanidade, centro do mundo, próspera e rica, a Europa cada
vez mais é uma nova Roma decadente, uma Bizâncio em que se discute o sexo dos
anjos ao mesmo tempo que as hordas bárbaras estão à sua porta para a
conquistar. E a Roma da Cristandade está refém do anticristo.
A
Europa do Iluminismo, graças às Luzes que pariu, é hoje uma Europa das trevas,
onde minorias antinaturais exercem um poder e um pensamento totalitário sobre a
maioria, que como sempre, como mostra a História, se acobarda, se ajoelha.
A
luta contra as trevas, contra os totalitarismos, consubstanciados nos
radicalismos, sejam políticos, religiosos ou sociais como a criação de um homem
novo das distopias marxistas, não pode parar em 2018.
Rádio Portalegre, 1 de Janeiro de 2018
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