Desabafos 2013/2014 - XV
Quer se queira, quer não, depois de tanto tempo a ser
defendida a Europa como o caminho para a abundância, para o paraíso na terra, eis que quanto ao debate sobre essa mesma Europa, como tema
para a campanha eleitoral às eleições europeias do próximo dia 25 de maio, nada,
nem uma miragem!
Por inacreditável que pareça, nada, mesmo nada aparenta
estar-se em clima eleitoral, e com a importância que a Europa tem para os
portugueses, eleitores ou não.
Mas é assim mesmo. A classe política nem quer ouvir falar e
muito menos debater a Europa, o projecto europeu, o futuro da Europa. Estes filhos
da Europa, fogem dela como o diabo da cruz!
Hoje Portugal perdeu a sua independência política e
económica. Não tem moeda própria e muito menos força anímica para lutar pelos
seus interesses nos areópagos europeus.
Portugal é fraco, tal como o seu Povo. Sem líderes, com uma
Escola prisioneira de teorias pedagógicas que fomentam a desigualdade, a iliteracia
e a libertinagem ética e moral, com um tecido económico destruído por duas
vezes em quatro décadas, o país com três bancarrotas nesse mesmo período de tempo, é cada vez mais um país inviável.
Se há país inviável nesta Europa não solidária,
cada vez mais radical e marginal, é Portugal.
Não é difícil prever o resultado da consulta eleitoral
europeia de 25 de maio. A par de uma enormíssima abstenção, acontecerá a vitória dos
extremos. Como a história se repete passado um século!
Mas em Portugal, um país em que a democracia começa no
centro-direita e vai até à extrema-esquerda, esses radicais de esquerda serão os únicos
vencedores de uma contenda em que o principal derrotado é o Povo e a própria
Ideia de Europa.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home