Amílcar Santos, o Presidente injustiçado - III
Nas autárquicas de 14 de dezembro de 1997, para a Câmara
Municipal o PS teve 6.297 votos [42,19 % e três vereadores], o PSD 5.227 votos
[35,02 % e três vereadores], o PCP 2.299 votos [15,4 % e um vereador], e o CDS
617 votos [4,13 % e zero vereadores].
Em janeiro de 1998 começa propriamente o mandato de quatro
anos de Amílcar Santos. e é em junho desse ano que sai o primeiro Boletim
Municipal.
É evidente que os primeiros seis meses de um mandato novo
são como espécie de aprendizagem e de tomada de conhecimento da situação em que
se encontra o Município, quer em termos económicos, financeiros, de gestão de
tarefas e de pessoal. E também de uma continuidade de funções inerentes ao
funcionamento da máquina autárquica. E também de continuação e conclusão de
obras e consecução de outros encargos vindos da anterior gestão.
Desta forma, o primeiro boletim municipal, Boletim do
Município de Portalegre, reflete esse período transitório, e apresenta o início
do cumprimento do que se poderá chamar promessa eleitoras.
A capa tem quatro motivos, a fotografia dos novos autarcas,
a fotografia que celebra o centenário dos Bombeiros Voluntários, e também dois
títulos que são já o início dos projectos de obras municipais e de festas
populares. Ambos acompanharão todo o mandato.
A contracapa homenageia o mais que centenário Plátano.
O sumário na página 1, o editorial a cargo do presidente da
Câmara na página dois. Nele, Amílcar Santos refere o trabalho feito e a fazer
na recuperação de caminhos e azinhagas, que sofreram com um inverso rigoroso, e
fala de três próximos melhoramentos para o concelho, o Aterro Sanitário, a ETAR
e o abastecimento de água através da Barragem da Apartadura. E fala da futura
Escola de Hotelaria e da construção de novas habitações, num tempo em que havia
gente em Portalegre.
Nas páginas 3 a 6 estão as fotografias dos actos de tomada
de posse e dos presidentes de Junta de Freguesia e a composição dos respectivos
órgãos.
Da 7 à 10 fala-se das Festas do Concelho em maio, na 11 e 12
das obras em curso e dos projectos das futuras.na página 13 faz-se notícia do
centenário dos BVP. E na 14 encontram-se notícias diversas da atualidade
concelhia.
É um folheto de propaganda, como na época as Autarquias
faziam. A sua importância reside como memória para o futuro.
E no caso do Boletim do Município de Portalegre, este
primeiro número marca o início de uma guerra de interesses na sua feitura, que
irá provocar os primeiros ataques a Amílcar Santos no semanário «O Distrito de
Portalegre» por parte de um free-lancer
que nele colaborava, com a conivência da direcção e da administração do jornal.
Mário Casa Nova Martins
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Amílcar Santos, o Presidente injustiçado – I *
Amílcar Santos, o Presidente injustiçado – II
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Amílcar Santos, o Presidente injustiçado - III
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