Fernando Correia Pina
Ao cimo da Rua de Elvas
Ao longe tudo se esfuma,
toda a terra plana, aberta
se faz em ténue bruma
e há uma ilha encoberta
em cada monte que cresce
no meio da solidão.
Ó grande país do nada
que nunca hei-de entender,
esperança sempre adiada,
dia só de entardecer:
eu quisera ser a estrada
passar por ti, não te ver,
ir bem longe e não tornar
aqui a pisar teu chão
mas, estou preso ao sentimento,
larguei há muito a razão -
para te amar com o pensamento,
e pensar com o coração.
Fernando Correia Pina
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