\ A VOZ PORTALEGRENSE: Crónica de Nenhures

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Crónica de Nenhures

Portalegre não muda!
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É possível ver-se como era o 'Banco José Duro' em 1957
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Hoje, a reconstrução não obedeceu ao original.
Como bem referiu António Martinó de Azevedo Coutinho em «
A Segunda Morte de José Duro, além do mais hoje o local é coito de malfeitorias. E desde que aquele Texto referido foi escrito, a degradação do Monumento aumentou.
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Em «
Azulejos, painéis e companhia», António Martinó de Azevedo Coutinho falou dos painéis que ornamentam Portalegre, fazendo questão de referir o desaparecimento de um deles, o intitulado “Ferra de Gado do Lavrador Rafael Mendes Calado” na rua de Elvas, e do estado de degradação/abandono de um outro, o “Paço de Flor da Rosa” no largo dos Combatentes.
Estava-se a
1 de Julho de 2009, e desde então tudo continua como dantes!
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Na mesma fotografia do “Paço de Flor da Rosa”, outro facto ressalta, que é o mau estacionamento de um automóvel. Desde que em Portalegre se instalaram os parquímetros que o estacionamento é caótico. Estaciona-se em qualquer lado para se evitar pagar o dito estacionamento. Estaciona-se em cima de passeios, em passadeiras de peões, em locais com risca amarela, enfim, ‘tudo’ serve para estacionar, inclusive o estacionamento nos extremos de uma rua, impedindo que o trânsito nela circule.
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Os locais de 'estacionamento pago', estão 'desertos'...
Quiçá, não seria despiciendo se se soubesse a ‘contabilidade’ dos parquímetros.
Há prejuízo? Dão prejuízo? Quais os contornos do negócio da sua implementação em Portalegre? A Autarquia de Portalegre tem lucro com a sua existência?
As perguntas, estas e outras porventura mais pertinentes, são várias. Alguma vez terão resposta?
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A rua da Pracinha, na Freguesia de São Lourenço, fica entre o largo Visconde dos Cidraes e o largo António José Lourinho. É paralela á rua da Capela e também paralela à rua 5 de Outubro entre o largo António José Lourinho e a frente da Igreja de São Lourenço. Tem sentido ascendente, contrário ao da rua da Capela, o que permite circular entre os ditos largos a norte e a sul.


'em baixo'
Pois, a rua da Pracinha está vinte e quatro sobre vinte e quatro horas ‘fechada’. Estaciona-se na sua entrada e na sua saída, impedindo que nela se circule. E mais ainda, é usual durante toda a noite estacionar-se no meio da rua. Quando serviços do INEM ou dos Bombeiros Voluntários de Portalegre têm necessidade de irem buscar ou levar doentes que habitam nessa rua, têm que parar as viaturas em ‘cima’ ou em ‘baixo’, e os doentes são transportados em maca ou cadeira de rodas, conforme as situações, pela rua, ao frio, ao calor, ao sol ou à chuva.
Esta situação ‘irreal’ perdura há anos.
'em cima'
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Como se lê em «PORTALEGRE – a cidade e a sua toponímia», de Fernando da Cruz Correia Carita, a rua da Pracinha”já nos aparece na toponímia de 1725 e também foi conhecida por “Rua Suja”, certamente pela falta de limpeza e higiene ali verificada.”
Hoje a rua da Pracinha é novamente a “Rua Suja” de que nos fala Fernando Carita. A porta do número de polícia 13 foi recentemente arrombada, e assim continua. A casa está em alto grau de degradação, assim como a que se segue com o número de polícia 15.
E toda esta degradação/desolação a cerca de cem metros do ‘coração’ de Portalegre, o Rossio.

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Infelizmente, o que acabamos de narar tem ‘barbas brancas’. Estas situações que denunciamos têm anos. Portalegre não muda, e desta forma a Decadência é a única coisa que por aqui ‘floresce’.

Mário Casa Nova Martins