Crónica de Nenhures
CONSULTAS POPULARES
Independência da Catalunha
A incerteza quanto à decisão do Tribunal Constitucional sobre o Estatuto que regula o autogoverno da Catalunha exacerba os sentimentos independentistas de parte da população.
No domingo, o povoado de Arenys de Munt (8000 habitantes), perto de Barcelona, organizou uma consulta popular para averiguar o apoio a uma eventual declaração de independência.
Votaram 41% dos eleitores e o resultado foi:
2568 pessoas a favor e só 61 contra.
A consulta não tem valor legal, mas ninguém lhe pode retirar significado político.
Dois dos principais partidos catalães, a Convergência e União, que governou durante 20 anos, e a Esquerda Republicana da Catalunha, membro do triunvirato hoje no poder, desejam que estas consultas alastrem “como manchas de óleo” por toda a região, para mostrar ao Estado espanhol a opinião dos cidadãos. Cerca de 60 municípios estão a preparar, para o dia 15 de Outubro, referendos semelhantes ao de Arenys de Munt.
Independência da Catalunha
A incerteza quanto à decisão do Tribunal Constitucional sobre o Estatuto que regula o autogoverno da Catalunha exacerba os sentimentos independentistas de parte da população.
No domingo, o povoado de Arenys de Munt (8000 habitantes), perto de Barcelona, organizou uma consulta popular para averiguar o apoio a uma eventual declaração de independência.
Votaram 41% dos eleitores e o resultado foi:
2568 pessoas a favor e só 61 contra.
A consulta não tem valor legal, mas ninguém lhe pode retirar significado político.
Dois dos principais partidos catalães, a Convergência e União, que governou durante 20 anos, e a Esquerda Republicana da Catalunha, membro do triunvirato hoje no poder, desejam que estas consultas alastrem “como manchas de óleo” por toda a região, para mostrar ao Estado espanhol a opinião dos cidadãos. Cerca de 60 municípios estão a preparar, para o dia 15 de Outubro, referendos semelhantes ao de Arenys de Munt.
in, 38 PRIMEIRO CADERNO
Expresso, 19 de Setembro de 2009
Expresso, 19 de Setembro de 2009
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Por uma Ibéria das Nações
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O mote “de Espanha nem bom vento nem bom casamento” colhe foros de cidadania na presente campanha eleitoral para as legislativas do próximo domingo.
O mais curioso deste facto político, é que os socialistas voltam a pugnar por uma aproximação a Castela, tal como a defendiam os seus Pais Fundadores, de que é exemplo o socialista e maçon Magalhães Lima, e tantos outros de menor ou maior saudosa memória, ou anti-memória.
O partido que nos seus genes tem a defesa dos interesses da mais variada ordem, é quem agora pugna contra o Iberismo implícito na defesa que os socialistas fazem quanto a ligações com Castela por caminho-de-ferro, concretamente a ligação entre as capitais Lisboa e Madrid.
Ora, como a notícia que acima transcrevemos do semanário Expresso mostra, Madrid cada dia que passa é cada vez menos a capital de uma fantasmagórica Ibérica, e mais o que sempre foi, a capital de Castela.
Os Movimentos Independentistas da Galiza, do País Basco e da Catalunha, ganham continuadamente apoios nas suas Populações. Este facto nunca é noticiado na comunicação social em Portugal, ou quando o é, é tipo ‘nota de rodapé’. A comunicação social portuguesa tende, por exemplo, a ‘confundir’ a ETA com todo o Sentir do Independentismo Basco, quando esta Organização é apenas o ramo esquerdista deste Sentir.
Com todo este crescente Movimento Independentista, Madrid sente que precisa de uma ligação directa ao Atlântico, e essa ligação já tem como via terrestre a auto-estrada que liga Madrid a Lisboa, mas que neste momento tem em construção um ’ramal’ para Sines, via Évora e Beja, e esse é que é o importante.
Nesta perspectiva, é fundamental para Madrid a ligação em TGV com Lisboa, uma linha que comporta a ‘alta velocidade’ e as ‘mercadorias’. Mas aqui também será feito um ‘ramal’ para Sines, passando por novamente por Évora e Beja.
O aeroporto de Beja também é um elemento importante na estratégia de Madrid, que o vê como um lugar da grande importância estratégia para voos transatlânticos de grande carga, complemento do porto marítimo de Sines.
O ‘prolongamento’ geográfico de Castela é o Alentejo. Mas o ‘ponto intermédio’ nunca será Évora. Badajoz será a ‘placa giratória’ de todas estas componentes viárias.
A Ibéria está em ‘convulsão’ política, económica e social. O seu Futuro começou ‘ontem’!
O mais curioso deste facto político, é que os socialistas voltam a pugnar por uma aproximação a Castela, tal como a defendiam os seus Pais Fundadores, de que é exemplo o socialista e maçon Magalhães Lima, e tantos outros de menor ou maior saudosa memória, ou anti-memória.
O partido que nos seus genes tem a defesa dos interesses da mais variada ordem, é quem agora pugna contra o Iberismo implícito na defesa que os socialistas fazem quanto a ligações com Castela por caminho-de-ferro, concretamente a ligação entre as capitais Lisboa e Madrid.
Ora, como a notícia que acima transcrevemos do semanário Expresso mostra, Madrid cada dia que passa é cada vez menos a capital de uma fantasmagórica Ibérica, e mais o que sempre foi, a capital de Castela.
Os Movimentos Independentistas da Galiza, do País Basco e da Catalunha, ganham continuadamente apoios nas suas Populações. Este facto nunca é noticiado na comunicação social em Portugal, ou quando o é, é tipo ‘nota de rodapé’. A comunicação social portuguesa tende, por exemplo, a ‘confundir’ a ETA com todo o Sentir do Independentismo Basco, quando esta Organização é apenas o ramo esquerdista deste Sentir.
Com todo este crescente Movimento Independentista, Madrid sente que precisa de uma ligação directa ao Atlântico, e essa ligação já tem como via terrestre a auto-estrada que liga Madrid a Lisboa, mas que neste momento tem em construção um ’ramal’ para Sines, via Évora e Beja, e esse é que é o importante.
Nesta perspectiva, é fundamental para Madrid a ligação em TGV com Lisboa, uma linha que comporta a ‘alta velocidade’ e as ‘mercadorias’. Mas aqui também será feito um ‘ramal’ para Sines, passando por novamente por Évora e Beja.
O aeroporto de Beja também é um elemento importante na estratégia de Madrid, que o vê como um lugar da grande importância estratégia para voos transatlânticos de grande carga, complemento do porto marítimo de Sines.
O ‘prolongamento’ geográfico de Castela é o Alentejo. Mas o ‘ponto intermédio’ nunca será Évora. Badajoz será a ‘placa giratória’ de todas estas componentes viárias.
A Ibéria está em ‘convulsão’ política, económica e social. O seu Futuro começou ‘ontem’!
Mário Casa Nova Martins
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