Crónica de Nenhures
O semanário O Distrito de Portalegre trás na sua edição de 17 de Setembro passado, páginas 6 e 7, um texto não assinado sobre o Instituto Politécnico de Portalegre.
É um texto muito importante, que, por certo, no calor da presente campanha eleitoral de legislativas e autárquicas em simultâneo, fez com que passasse despercebido do ‘grande público’ portalegrense.
Em Portalegre não há consciência da crise por que passa o IPP, mais concretamente um das suas partes, a Escola Superior de Educação. Todas as Escolas Superiores de Educação de todos os Institutos Politécnicos de Portugal sofrem o mesmo ‘mal’, que é o ‘esgotamento’ da sua ‘utilidade’, que era fundamentalmente a de formar professores para diversos graus de ensino.
Hoje, a ‘certeza de emprego’ na área correspondente para qualquer curso ministrado pela Escola Superior de Educação, a começar por aqueles cursos em que o total de vagas foi preenchido, é praticamente nula. Então, para que ‘serve’ a Escola Superior de Educação?
Há muito que esta questão deveria ter sido internamente colocada. E não espanta, pois, o número de docentes que neste ano lectivo regressaram às suas escolas de ‘origem’.
É um texto muito importante, que, por certo, no calor da presente campanha eleitoral de legislativas e autárquicas em simultâneo, fez com que passasse despercebido do ‘grande público’ portalegrense.
Em Portalegre não há consciência da crise por que passa o IPP, mais concretamente um das suas partes, a Escola Superior de Educação. Todas as Escolas Superiores de Educação de todos os Institutos Politécnicos de Portugal sofrem o mesmo ‘mal’, que é o ‘esgotamento’ da sua ‘utilidade’, que era fundamentalmente a de formar professores para diversos graus de ensino.
Hoje, a ‘certeza de emprego’ na área correspondente para qualquer curso ministrado pela Escola Superior de Educação, a começar por aqueles cursos em que o total de vagas foi preenchido, é praticamente nula. Então, para que ‘serve’ a Escola Superior de Educação?
Há muito que esta questão deveria ter sido internamente colocada. E não espanta, pois, o número de docentes que neste ano lectivo regressaram às suas escolas de ‘origem’.
Em Portalegre, a importância da Escola Superior de Educação tem sido salientada e reconhecida pela Comunidade. Muitos dos seus docentes são figuras públicas nas mais diversas áreas, mas, principalmente na área da Cultura nela há Gente d’Algo.
Da leitura do texto, fica-se a saber que para o actual presidente do IPP o problema demográfico é o factor determinante para que esta Escola não cresça.
É verdade que cada vez mais Portalegre é uma cidade ultraperiférica no contexto português, e que, é sabido, nos últimos quatro anos a situação agravou-se com culpas às quais não escapa o fracasso da gestão autárquica em final de mandato.
Também, afirma o presidente, a actual crise económica é factor negativo para que o IPP alcance os objectivos de crescimento que para o presente ano lectivo se tinha proposto.
Mas, a verdade é que o boom do Ensino Politécnico é do passado. As Universidades foram-se paulatinamente adaptando aos ‘novos tempos’, e dentro delas foram criando cursos que absorvem os alunos que inicialmente eram direccionados para o Ensino Politécnico. É certo que o decréscimo demográfico de alunos é um facto, mas não deixa de ser verdade que são idênticos para todos os IP’s os problemas que o presidente do IPP aponta para o seu.
A especialização seria a grande ‘arma’ dos IP’s, como muito bem refere o presidente do IPP. Mas também nesse campo os IP’s foram ultrapassados pela Universidade, com meios materiais e humanos face aos quais não podiam ‘concorrer’.
Desta forma, a própria existência de muitos IP’s, para não dizer a sua totalidade, está em risco a médio prazo. E, evidentemente, o Instituto Politécnico de Portalegre não foge deste desígnio pífio.
Se o Instituto Politécnico de Portalegre ‘fechar portas’, será a ‘machadada final’ no Futuro de Portalegre.
Mário Casa Nova Martins
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home