\ A VOZ PORTALEGRENSE: Corto Maltese

sábado, janeiro 31, 2009

Corto Maltese

No segundo volume da meribérica/liber de Os Escorpiões do Deserto, no episódio O Anjo da Morte, lê-se, nas palavras de Cush, que a última vez que Corto Maltese foi visto, fora na Guerra Civil de Espanha.
Em Julho de 1936 começa a Guerra Civil de Espanha, que durará até Maio de 1939. Corto Maltese alista-se nas Brigadas Internacionais. Pratt precisou que ele tinha combatido em companhia de John Cornford [filho da poetisa inglesa Frances Crofts Cornford, que era filha de Charles Darwin], que foi morto em Espanha. Depois, e parece que até Pratt, perde-se a pista de Corto Maltese.
O diálogo entre Cush e Stella passa-se a 20 de Janeiro de 1941, no desfiladeiro de Keru. Soube-se também que Corto enviou de Espanha para Cush um falcão Al-Andaluz.

Mas de acordo com uma carta* enviada a Hugo Pratt por Obregan Carrenza, datada de 16 de Junho de 1965 e enviada de Viña del Mar, Chile, Corto vivera junto de Pandora e dos Filhos, não tendo, portanto, morrido ou desaparecido em Espanha.
A referência à presença de Corto está numa carta escrita por Pandora, mas desconhece-se a data em que foi escrita.
Pela carta sabe-se que Corto e Tarao, idosos, estão vivos, junto de Pandora, e que são considerados pelas suas crianças como tios. Quando Tarao morreu, Corto ficou muito abatido e a última imagem que nos chega dele é pungente, é a de um velho homem sentado “sozinho no jardim, com o olhar apagado, frente ao mar”.
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* Corto Maltese – A Balada do Mar Salgado – meribérica/liber, página 36
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Mário Casa Nova Martins
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