Desabafos
O que muda na União Europeia e em França com a eleição de Nicolas Sarkozy?
Não é despiciendo falar do futuro, quando um país nuclear na construção de uma Europa política, económica e social, muda de rumo. É que com Nicolas Sarkozy, a França vai ter uma política interna e externa muito diferente das últimas décadas.
Antes do mais, importa dizer que n’ A Voz Portalegrense por mais de uma vez mostrámo-nos contrários à vitória de Sarkozy, acreditando que com Ségolène Royal a Europa sairia mais fortalecida. Agora que ele ganhou as eleições presidenciais francesas, há que saber interpretar os sinais de mudança que vão ocorrer. O eixo Paris-Berlim vai sofrer um impulso positivo, porque em França e na Alemanha há uma maior coincidência de pontos de vista sobre os diferentes dossiers europeus. Mas também haverá um melhor relacionamento com os EUA, pese embora o declínio em que vegeta a presidência americana de George W. Bush. E avançará Sarkozy com a defesa da ideia de Israel vir a entrar para a União Europeia?
A Turquia é uma perdedora enquanto candidata à entrada na União Europeia, enquanto a Rússia continuará na expectativa quanto a uma aproximação ao Clube Europeu, ao qual pertence por razões geopolíticas.
Mas desde já há um facto importante a realçar na futura presidência de Nicolas Sarkozy, que é o retorno inequívoco da dicotomia Esquerda/Direita, um clarificar de posições de muito precisa a política. O pessimismo antropológico, o anti-utopismo, a propriedade e o antieconomicismo, o nacionalismo, o organicismo e o elitismo, conjunto de “ismos” que na linha de Jaime Nogueira Pinto caracterizam a Direita, estão no pensamento de Sarkozy, e esta é a nova “revolução conservadora” que urge implementar.
Não é despiciendo falar do futuro, quando um país nuclear na construção de uma Europa política, económica e social, muda de rumo. É que com Nicolas Sarkozy, a França vai ter uma política interna e externa muito diferente das últimas décadas.
Antes do mais, importa dizer que n’ A Voz Portalegrense por mais de uma vez mostrámo-nos contrários à vitória de Sarkozy, acreditando que com Ségolène Royal a Europa sairia mais fortalecida. Agora que ele ganhou as eleições presidenciais francesas, há que saber interpretar os sinais de mudança que vão ocorrer. O eixo Paris-Berlim vai sofrer um impulso positivo, porque em França e na Alemanha há uma maior coincidência de pontos de vista sobre os diferentes dossiers europeus. Mas também haverá um melhor relacionamento com os EUA, pese embora o declínio em que vegeta a presidência americana de George W. Bush. E avançará Sarkozy com a defesa da ideia de Israel vir a entrar para a União Europeia?
A Turquia é uma perdedora enquanto candidata à entrada na União Europeia, enquanto a Rússia continuará na expectativa quanto a uma aproximação ao Clube Europeu, ao qual pertence por razões geopolíticas.
Mas desde já há um facto importante a realçar na futura presidência de Nicolas Sarkozy, que é o retorno inequívoco da dicotomia Esquerda/Direita, um clarificar de posições de muito precisa a política. O pessimismo antropológico, o anti-utopismo, a propriedade e o antieconomicismo, o nacionalismo, o organicismo e o elitismo, conjunto de “ismos” que na linha de Jaime Nogueira Pinto caracterizam a Direita, estão no pensamento de Sarkozy, e esta é a nova “revolução conservadora” que urge implementar.
MCNM
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 11/05/07
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