Desabafos
Realizaram-se no início desta semana eleições presidenciais em Timor. Antiga colónia portuguesa, Timor é indiscutivelmente não um país adiado como é usual dizer-se nestes casos, mas um país inviável.
A sua razão de existir deve-se à descoberta de petróleo e gás na plataforma marítima. Desde então, a Austrália substituiu-se à Indonésia, e esta substituíra-se a Portugal, se bem que ao tempo em que os portugueses administravam Timor ainda não havia conhecimento dessas matérias-primas. E por seu lado, o povo maubere continua no limiar da subsistência.
Parecia que tudo iria melhorar com a descoberta principalmente do ouro negro, mas nada tem sido feito em prol do desenvolvimento de Timor e dos timorenses. Um partido, a Fretilin, dois nomes, Xanana Gusmão e Ramos Horta, têm sido ao longo das últimas três décadas os rostos visíveis de Timor, primeiro revolucionário e depois independente.
De acordo com os resultados obtidos, vai haver uma segunda volta no próximo dia 8 de Maio, entre o candidato oficial da Fretilin, Francisco Guterres “Lu Olo”, e Ramos Horta.
Dificilmente este vencerá, mas de certeza que arranjará uma maneira de manter o protagonismo político, ele que é um verdadeiro “peixe de águas profundas”, para não dizer “lodosas”…
Quanto a Xanana Gusmão, poucas hipóteses políticas terá no futuro com o CNRT, partido criado à sua imagem e semelhança. Ao criar um partido, repetiu o clamoroso erro político de António Ramalho Eanes e o seu, dele, PRD.
Mas nada mudará de substancial em Timor com o novo presidente. A Fretilin recuperará o espaço perdido pela luta com Xanana e Ramos Horta, o povo continuará sem ver a sua situação económica e social a melhorar, a igreja católica perderá espaço e a religião muçulmana ocupará um lugar de maior destaque na sociedade. E, por fim, a Indonésia recomeçará a competir com a Austrália pela influência em Timor.
A sua razão de existir deve-se à descoberta de petróleo e gás na plataforma marítima. Desde então, a Austrália substituiu-se à Indonésia, e esta substituíra-se a Portugal, se bem que ao tempo em que os portugueses administravam Timor ainda não havia conhecimento dessas matérias-primas. E por seu lado, o povo maubere continua no limiar da subsistência.
Parecia que tudo iria melhorar com a descoberta principalmente do ouro negro, mas nada tem sido feito em prol do desenvolvimento de Timor e dos timorenses. Um partido, a Fretilin, dois nomes, Xanana Gusmão e Ramos Horta, têm sido ao longo das últimas três décadas os rostos visíveis de Timor, primeiro revolucionário e depois independente.
De acordo com os resultados obtidos, vai haver uma segunda volta no próximo dia 8 de Maio, entre o candidato oficial da Fretilin, Francisco Guterres “Lu Olo”, e Ramos Horta.
Dificilmente este vencerá, mas de certeza que arranjará uma maneira de manter o protagonismo político, ele que é um verdadeiro “peixe de águas profundas”, para não dizer “lodosas”…
Quanto a Xanana Gusmão, poucas hipóteses políticas terá no futuro com o CNRT, partido criado à sua imagem e semelhança. Ao criar um partido, repetiu o clamoroso erro político de António Ramalho Eanes e o seu, dele, PRD.
Mas nada mudará de substancial em Timor com o novo presidente. A Fretilin recuperará o espaço perdido pela luta com Xanana e Ramos Horta, o povo continuará sem ver a sua situação económica e social a melhorar, a igreja católica perderá espaço e a religião muçulmana ocupará um lugar de maior destaque na sociedade. E, por fim, a Indonésia recomeçará a competir com a Austrália pela influência em Timor.
MCNM
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 06/04/07
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