Luísa Demétrio Raposo
O ROSTO
É princípio, em várias formas. Toca-me sempre numa largada sensível . Na minha, cabeça, é o delírio, nos teus lábios docemente um animal. O espaço obtuso dentre o ar e a multidão carne. Os átomos o invandem, a unir a turbulência íntima do espasmar, que , por si fertil, escreve as multiplicidades de uma razão, seja ela excessiva ou quiça não... E, é neste baixos raios que se desmatam nus teatros, consumados, do dia a dia, na hora, do segundo. No agora. Por todos. Us lados que À minha voltejam. Mandam!
Comer um arrepio no silêncio, uma ventania [me] fode u imaginar. O Rosto, é, sempre solitário e varre totalmente a geometria, com olhos em confronto.
Na língua a devassidão, e, é, sempre preciso entrar nela. Alimentar-me, ela. Macia, como nua pluma . Atravessar. Lamber, ainda molhada, para poder roubar a vocação. O texto. A elegancia bruta das palavras. Cruas. Na língua. No rosto que abrasa o que pensam de mim. Que...Queima... Aquando da boca se desbocam como àguias ardentes. Letras. Vivas. Serpenteiam com prazer o espaço, o campo centrífugo, a verdade supostamente virgem, compacta.
O Deus, Rosto, é o enlace no poder , um gabinete que obedece à Deusa òrbita. a Mente severa. Vibrante. Sexual. Em cima. No topo. Ao cimo, na clarida de um orgão extremo, o Cerebro!
Não existe sangue maior que o pensar. Não existe imagem maior que circula no imaginar, que alcança murmurando concepção à volta de um nun delirio. Não existe mundo maior que a força difundida, desta máquina movida a fogo pela dor e pela paixão. Que busca claridade no movimento intrínseco , nas constelações da carne. Que busca na sexualidade. Energia Dentro. Em Astros. Puros. No sangue Astro, que martela, brilha num vermelho que solta as labaredas do abismo, contínuo, dentro, à cabeça, nas veias do meu ... Imaginar!
Luisa Demétrio Raposo
*14 de Fevereiro 2011
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