\ A VOZ PORTALEGRENSE: Momento de ignomínia

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Momento de ignomínia

Momento de ignomínia

17 de Fevereiro de 1975

Foi pela calada da noite de 16 para 17 de Fevereiro de 1975 que decapitaram a estátua de António de Oliveira Salazar em Santa Comba Dão.
Com tal acto, quem o praticou julgou, por certo, que a memória de Salazar seria apagada, decapitada da História de Portugal. Puro engano!
Tal acto, cuja bravura é mais do que discutível, está ao nível daqueles actos perpetrados após a invasão do Iraque pelos EUA e seus aliados, que se traduziram no roubo e na destruição de museus e principalmente na cidade da Babilónia. Ou mais recente ainda, nos actos de roubo e destruição ocorridos no Museu do Cairo, quando da crise política que levou à demissão de Hosni Mubarack.
O passado não se apaga por decreto, e muito menos por actos de vandalismo como foi a destruição da estátua de Salazar.
Anexamos um conjunto de quatro postais-ilustrados da época, nos quais se vê a estátua de Salazar.
São quatro documentos históricos. Não acreditamos que a estátua seja reconstruída. A mediocridade das gentes não o permitirá.
Numa região deprimida, a existência de um conjunto de elementos que lembrassem ‘o Filho da Terra’, seria uma mais-valia para o concelho de Santa Comba Dão. O Museu na casa paterna de Salazar, e outros elementos relativos ao Estadista trariam saudosistas, curiosos e adversários. Mas principalmente viria gente culta que saberia situar o Homem no seu Tempo.
Não há comparação possível, mas talvez por isso mesmo se deva dizer que na Alemanha foi recentemente inaugurado um Museu sobre as tropas especiais de Adolfo Hitler, as SS, no castelo de Wewelsburg. Também na Alemanha, em Berlim, ainda está a decorrer uma exposição sobre o Terceiro Reich, onde estão patentes peças de forte simbologia nacional-socialista. Em Moscovo, na Praça Vermelha, continua aberto aos visitantes o mausoléu de Lenine. Em Pequim, na Praça Tiananmen, continua aberto ao público o mausoleu de Mao Tsé-Tung.
E não há comparação possível entre Lenine, Mao e Hitler, e António de Oliveira Salazar. Mas em Portugal tudo é diferente!
Mário Casa Nova Martins
facebook.com/Mario.Casa.Nova.Martins
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