Jaime Crespo
“- Inveja!!!” – disse ela
Não fora o caso de viver em Portugal, exercício que pratico há 37 anos dos 47 da minha curta vida e me espantaria com determinadas coisas e acontecimentos.
Mas neste País já nada admira. Até mesmo o Entroncamento, terra de gente briosa, deixou de constituir aquele terno berço no qual nasciam e proliferavam os mais diversos fenómenos.
De fato, do porco a andar de bicicleta à vaca a voar, tudo é normal neste país de perversa anormalidade.
E se então estamos perante algum dislate, para me ficar por aqui, quando algum político abre a boca, bem, isso já nem faz com que o careca se lembre de afastar a mosca que lhe molesta a cabeça.
Foi a Dona Manuela Ferreira Leite, avó extremosa e dedicada catequista dos deveres paternais, ao deputado Honório Novo concerteza ainda lhe ardem as orelhitas depois daquela ensaboadela do “quem paga manda e era o que o senhor devia fazer lá em casa aos seus filhos, fosga-se que esta até doeu...
Pois é, desloca-se esta prendada senhora à Madeira, e ou por influências, más, do Alberto João, ou algum excesso de poncha, com chuva e ventania sabe bem, a Senhora, algo esbaforida e despenteada, lá foi dizendo, passo a citar: "vive-se no país um clima de inveja contra os ricos e aqueles que tem salários razoáveis (ó minha Senhora, sejamos corretos e científicos, eles recebem é chorudas alcavalas, salário, hum...), tempos a fazerem recordar os saudosos tempos do PREC. Se essas pessoas têm muito dinheiro, ordenados fabulosos, várias reformas milionárias, isso deve-se apenas porque se esfalfaram com trabalho!" e eu esperando ver um operário, algum pescador, enfim uma professorazinha enriquecer à força do seu trabalho, morro para aqui sentado.
Finalizando, baixando de nível, a gaja além de nos chamar invejosos ainda nos caluniou de preguiçosos.
Dasse!
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Jaime Crespo
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