Crónica de Nenhures
Venezuela recupera Liberdades
A Oposição venezuelana teve mais votos que Hugo Chávez e seus sequazes nas eleições legislativas de dia 26 de Setembro passado. Em termos de deputados eleitos, Chávez tem a maioria, mas longe da maioria qualificada, necessária para o artífice do Socialismo venezuelano continuar a destruir, principalmente, o tecido económico do país. E acrescente-se que a participação dos eleitores foi de 66,45%, uma das mais altas da história para eleições legislativas.
Este resultado eleitoral mostra que o Povo venezuelano está farto das fanfarronices de um candidato a ditador perpétuo. E se a campanha eleitoral tivesse corrido normalmente, sem a violência ‘clássica’ dos apoiantes de Chávez sobre os adversários políticos, instaurando um clima de medo, de certeza que os resultados seriam ainda mais entusiasmantes para a Oposição. Mas, diga-se, o acto eleitoral do passado domingo decorreu sem incidentes de maior, se bem que o Conselho Nacional Eleitoral tivesse demorado um tempo excessivo a divulgar resultados.
Depois de anos de arbitrariedades, de destruição da economia, de proletarização da classe média, de clima de guerra civil, a Venezuela parece querer virar essa página da sua História recente e voltar a ser um Estado Democrático pleno.
Que se diga que a Venezuela nunca foi uma ditadura durante estes anos de Chávez. Mas que este tem como ícones Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che, e Fidel Castro, o primeiro um assassino ‘especializado’ em fuzilamentos e o segundo um ditador, é a pura verdade.
Hugo Chávez é um antigo golpista que ganhou democrat6icamente as primeiras eleições em que foi eleito. Depois tudo tem feito para se manter no poder, não olhando aos meios para atingir os fins. Agora parece que o seu ocaso político chegou. Será assim?
Em Portugal há um candidato às próximas eleições presidenciais de Janeiro de 2011 que se ‘assemelha’ a Hugo Chávez. O bardo e socialista Manuel Alegre tem ideias no campo económico e no campo social semelhantes às de Hugo Chávez.
Uma ideia de um Portugal terceiro-mundista, a qual não difere muito da de um outro Ernesto, o Ernesto Melo Antunes, ideólogo do Portugal saído do 25 de Novembro de 1975, é muito cara a Manuel Alegre. Se fosse eleito e aplicasse aquela ‘cartilha’, seria o fim histórico de Portugal. É que Portugal não tem petróleo como a Venezuela para ‘experiências’ socialistas do tipo das de Chávez.
Mas não deixaria de ser interessante ver os Portugueses eleger um Presidente da República que no passado desertara da Guerra Colonial, que na Rádio Argel dava informações militares aos guerrilheiros independentistas das Colónias das quais resultavam emboscadas em que morriam soldados Portugueses, e que tem a sensata e peregrina ideia de um Portugal entre as brumas do Socialismo que gerou toda a forma de injustiça e miséria por todo o lugar onde se arvorou em ideologia única.
Todavia, diga-se que em tempo algum votámos no actual Presidente da República, nem nele alguma vez votaremos. Nem o aparecimento do ‘fantasma’ de Marcello Caetano nos ‘obrigaria’ a tal!
Mário Casa Nova Martins
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