Mário Silva Freire
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António Luís Marcão: o reitor e o educador
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Dar o testemunho de alguém que nos deixou para sempre e a quem muito admirámos e estimámos, é tarefa contraditoriamente difícil e fácil. Difícil, porque nos tornamos mais conscientes de que a ligação que tínhamos com essa pessoa deixou de existir. É certo que a sua memória perdurará enquanto a nossa própria memória subsistir e isso, até certo ponto, torna-a viva dentro de nós. Mas tal não basta para suprir a sua presença física.
Por outro lado, esse testemunho torna-se fácil porque, evocando alguém como o Dr. Marcão, sem esforço nos vêm à mente as suas qualidades humanas e profissionais, o seu estilo de liderança e a sua faceta de educador.
Fui um colaborador muito próximo de António Luís Marcão. Tive, pois, oportunidade, quase quotidiana, de testemunhar a sua conduta como reitor do Liceu de Portalegre, como professor, como educador e como pessoa, na sua acepção mais lata.
Ele soube ser, numa altura em que nem sempre era fácil terem-se ideias próprias, o reitor que pugnava pelo qualidade do ensino, que se solidarizava com as posições que os professores, publicamente, tomavam a favor de um ensino mais qualificado e de um corpo docente mais dignificado.
O Dr. Marcão era um líder nato. Ele procurava o diálogo e a opinião dos outros para a tomada das suas decisões. Mas isso não lhe retirava a prerrogativa de apresentar com clareza as suas posições, assumindo as responsabilidades que delas decorressem. Ele foi um inovador e um facilitador da inovação. Na primeira parte da década de 70, o liceu de Portalegre era considerado, pelas turmas experimentais em várias disciplinas, por experiências pedagógicas levadas a cabo, pela renovação de muito equipamento e material didáctico, especialmente no domínio dos audiovisuais, um dos estabelecimentos de ensino de referência do País.
Mas que dizer das suas relações com os alunos? Ele foi o pai para alguns, o confidente para muitos e um amigo para todos. Essa amizade, contudo, nunca pôs em causa o cumprimento das normas que ele, como educador, soube incutir nos alunos.
A sua pessoa calma, afectuosa, delicada não pode desligar-se do reitor respeitador mas que se fazia respeitar, do homem cumpridor mas que exigia que se cumprisse, do professor que estudava mas que motivava o aluno a estudar e a aprender, da pessoa boa e afável que induzia nos outros a amizade e o respeito.
Todos nós, professores, alunos e funcionários não apagaremos da nossa memória o senhor reitor Dr. Marcão. Foi uma pessoa de eleição que desapareceu mas um exemplo de bondade, de competência e de cidadania que ficou!
Por outro lado, esse testemunho torna-se fácil porque, evocando alguém como o Dr. Marcão, sem esforço nos vêm à mente as suas qualidades humanas e profissionais, o seu estilo de liderança e a sua faceta de educador.
Fui um colaborador muito próximo de António Luís Marcão. Tive, pois, oportunidade, quase quotidiana, de testemunhar a sua conduta como reitor do Liceu de Portalegre, como professor, como educador e como pessoa, na sua acepção mais lata.
Ele soube ser, numa altura em que nem sempre era fácil terem-se ideias próprias, o reitor que pugnava pelo qualidade do ensino, que se solidarizava com as posições que os professores, publicamente, tomavam a favor de um ensino mais qualificado e de um corpo docente mais dignificado.
O Dr. Marcão era um líder nato. Ele procurava o diálogo e a opinião dos outros para a tomada das suas decisões. Mas isso não lhe retirava a prerrogativa de apresentar com clareza as suas posições, assumindo as responsabilidades que delas decorressem. Ele foi um inovador e um facilitador da inovação. Na primeira parte da década de 70, o liceu de Portalegre era considerado, pelas turmas experimentais em várias disciplinas, por experiências pedagógicas levadas a cabo, pela renovação de muito equipamento e material didáctico, especialmente no domínio dos audiovisuais, um dos estabelecimentos de ensino de referência do País.
Mas que dizer das suas relações com os alunos? Ele foi o pai para alguns, o confidente para muitos e um amigo para todos. Essa amizade, contudo, nunca pôs em causa o cumprimento das normas que ele, como educador, soube incutir nos alunos.
A sua pessoa calma, afectuosa, delicada não pode desligar-se do reitor respeitador mas que se fazia respeitar, do homem cumpridor mas que exigia que se cumprisse, do professor que estudava mas que motivava o aluno a estudar e a aprender, da pessoa boa e afável que induzia nos outros a amizade e o respeito.
Todos nós, professores, alunos e funcionários não apagaremos da nossa memória o senhor reitor Dr. Marcão. Foi uma pessoa de eleição que desapareceu mas um exemplo de bondade, de competência e de cidadania que ficou!
Mário Freire
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in, Fonte Nova, 20 de Fevereiro de 2010, p.2 .
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