Dia Mundial do Livro
Hoje é o Dia Mundial do Livro. Segundo dados estatísticos, foram vendidos em Portugal no ano transacto 13,5 milhões de livros, o que, considerando nove milhões de portugueses, dá a média de um livro e meio por cada um.
Ora sabendo-se que o hábito da leitura está em declínio, é fácil inferir que para se assistir a este volume de vendas, que o restrito grupo dos Leitores, comprou um alto número de livros durante o ano de 2007.
Para celebrar este dia, lembramos um livro que lemos lá por 1973. À época a sua leitura não nos deixou indiferente.
Ora sabendo-se que o hábito da leitura está em declínio, é fácil inferir que para se assistir a este volume de vendas, que o restrito grupo dos Leitores, comprou um alto número de livros durante o ano de 2007.
Para celebrar este dia, lembramos um livro que lemos lá por 1973. À época a sua leitura não nos deixou indiferente.
Em resumo, e recorrendo à própria apresentação do editor:
_ O denso e sufocante romance que agora se publica é talvez a obra mais significativa de Pinget e aquela que consagrou o seu nome no panorama da moderna literatura francesa, sobretudo no movimento do nouveu roman, sendo justamente colocado a par de escritores como Robbe-Grillet, Michel Butor, Claude Simon, Marguerite Duras, e outros.
Através de um estilo poderoso, barroco em muitos aspectos, Pinget cria o ambiente asfixiante de um velho casarão onde o que acontece (ou aconteceu) é agora narrado pelo Mordomo, que explica «tudo» o que ali se passou.
Assim, o romance constrói-se lentamente, pelas perguntas e respostas que surgem num diálogo ininterrupto, martelado e exaustivo, com toda a gama de pormenores, descrição de personagens e palavras, de pessoas e locais de uma paisagem vazia, sim, mas sintomática para destruição de antigos mitos e preconceitos sociais.
A memória do Mordomo é o elemento narrativo que sobressai neste belo e difícil romance de Robert Pinget.
Que se passa (ou passou) para justificar o longo interrogatório a que é submetido o Mordomo?
Lido o romance até ao fim, sabe depois o leitor a intenção e o sentido literário que o autor de O Garoto quis dar à sua obra – um livro difícil, sim, mas na verdade uma das obras mais notáveis da literatura contemporânea.
O Interrogatório (L'Inquisitoire, Paris, Ed. de Minuit, 1962)
Robert Pinget
Editora Ulisseia Limitada, Fevereiro de 1969
editora ulisseia - série literária - 89
_ O denso e sufocante romance que agora se publica é talvez a obra mais significativa de Pinget e aquela que consagrou o seu nome no panorama da moderna literatura francesa, sobretudo no movimento do nouveu roman, sendo justamente colocado a par de escritores como Robbe-Grillet, Michel Butor, Claude Simon, Marguerite Duras, e outros.
Através de um estilo poderoso, barroco em muitos aspectos, Pinget cria o ambiente asfixiante de um velho casarão onde o que acontece (ou aconteceu) é agora narrado pelo Mordomo, que explica «tudo» o que ali se passou.
Assim, o romance constrói-se lentamente, pelas perguntas e respostas que surgem num diálogo ininterrupto, martelado e exaustivo, com toda a gama de pormenores, descrição de personagens e palavras, de pessoas e locais de uma paisagem vazia, sim, mas sintomática para destruição de antigos mitos e preconceitos sociais.
A memória do Mordomo é o elemento narrativo que sobressai neste belo e difícil romance de Robert Pinget.
Que se passa (ou passou) para justificar o longo interrogatório a que é submetido o Mordomo?
Lido o romance até ao fim, sabe depois o leitor a intenção e o sentido literário que o autor de O Garoto quis dar à sua obra – um livro difícil, sim, mas na verdade uma das obras mais notáveis da literatura contemporânea.
O Interrogatório (L'Inquisitoire, Paris, Ed. de Minuit, 1962)
Robert Pinget
Editora Ulisseia Limitada, Fevereiro de 1969
editora ulisseia - série literária - 89
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