Afeganistão explosivo
A comunicação social continua atenta ao que se passa diariamente no Iraque, se bem que a “notícia” é sempre a mesma: mais um atentado em que morreram dezenas de pessoas.Assim, o que se passa no Afeganistão, onde estão estacionados militares portugueses sob bandeira da NATO, a 11.º Companhia de Para-quedistas da Brigada de Reacção Rápida, está em secundaríssimo plano, raramente merecendo uma pequena notícia que seja.
Talvez porque o que se passa no Afeganistão não seja já notícia de prime-rate, ou porque a guerra está cada vez mais perdida, como acontece no Iraque com EUA e seus aliados, nem a presença de portugueses no teatro de guerra de guerrilha, onde foram peritos em África, merece alguma atenção par não se dizer preocupação.
Todavia, no passado dia 20 de Janeiro último, os militares portugueses destacados no Afeganistão sobreviveram ao rebentamento de um engenho explosivo improvisado, quando faziam uma patrulha nas ruas de Cabul, a capital afegã.
Segundo informações oficiais, a patrulha era constituída por três viaturas blindadas ligeiras (Hummve) e catorze soldados, e o engenho deflagrou após a passagem dos militares devido ao facto das viaturas terem instrumentos de guerra electrónica, os denominados empasteladores, que adiaram a explosão por cinco segundos.
Este facto vem lembrar que o Afeganistão é um caso perdido para o Ocidente, e só o seu interesse geo-económico faz com que este lá permaneça, através das forças da NATO. E que lucra Portugal com a sua presença?
MM
posted by Mário Casa Nova Martins @ 2/13/2007 11:06:00 da manhã
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