Crónica de Nenhures
O “pragmático”
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Aníbal Cavaco Silva é “presidente de todos os portugueses” há um ano. Quarto presidente eleito da III República, os seus antecessores foram nomeados, suscitou ódios e amores quando da sua passagem pelo palácio de S. Bento, enquanto agora se prepara para passar outros tantos anos, uma década, no palácio de Belém
Quer isto dizer que a fase pública de Cavaco Silva, durará, se a lei da vida o não “atraiçoar”, duas décadas, o que é “obra” para um político não-profissional, como gosta de se definir.
A Direita que tanto o ama e que nele votou massivamente está cabisbaixa, enquanto a Esquerda que sempre o odiou e desprezou está eufórica. Condicionalismos de circunstância.
Aníbal Cavaco Silva irá ao longo deste primeiro mandato pactuar a sua presidência por uma relação estreita com o Governo, a fim de não hipotecar a reeleição. Tem sido uma medida tomada pelos antecessores à excepção de António Ramalho Eanes, que teve um primeiro mandato conflituoso, primeiro com Mário Soares e depois com Francisco Sá Carneiro.
Contudo, Cavaco Silva tem tido uma postura demasiado servilista em relação ao Governo de José Sócrates, deixando os seus eleitores “à beira de um ataque de nervos”, e os seus antigos opositores a conceder-lhe um continuado “estado de graça”. Mas, a afirmação da primeira-dama de que era de centro-esquerda, criou perplexidade à direita e gozo incontido à esquerda.
Será diferente a segunda parte da estada em Belém de Cavaco Silva. “Adepto” da teoria do eucalipto, que tudo seca em seu redor, e o então CDS sofreu na pele a consequência maior desta máxima, quererá reeditar a teoria de “todos os ovos no mesmo cesto”, e tudo fará para que Manuela Ferreira Leite venha a ocupar S. Bento e Durão Barroso lhe suceda em Belém.
Só o seu pragmatismo poderá inviabilizar este cenário.
Quer isto dizer que a fase pública de Cavaco Silva, durará, se a lei da vida o não “atraiçoar”, duas décadas, o que é “obra” para um político não-profissional, como gosta de se definir.
A Direita que tanto o ama e que nele votou massivamente está cabisbaixa, enquanto a Esquerda que sempre o odiou e desprezou está eufórica. Condicionalismos de circunstância.
Aníbal Cavaco Silva irá ao longo deste primeiro mandato pactuar a sua presidência por uma relação estreita com o Governo, a fim de não hipotecar a reeleição. Tem sido uma medida tomada pelos antecessores à excepção de António Ramalho Eanes, que teve um primeiro mandato conflituoso, primeiro com Mário Soares e depois com Francisco Sá Carneiro.
Contudo, Cavaco Silva tem tido uma postura demasiado servilista em relação ao Governo de José Sócrates, deixando os seus eleitores “à beira de um ataque de nervos”, e os seus antigos opositores a conceder-lhe um continuado “estado de graça”. Mas, a afirmação da primeira-dama de que era de centro-esquerda, criou perplexidade à direita e gozo incontido à esquerda.
Será diferente a segunda parte da estada em Belém de Cavaco Silva. “Adepto” da teoria do eucalipto, que tudo seca em seu redor, e o então CDS sofreu na pele a consequência maior desta máxima, quererá reeditar a teoria de “todos os ovos no mesmo cesto”, e tudo fará para que Manuela Ferreira Leite venha a ocupar S. Bento e Durão Barroso lhe suceda em Belém.
Só o seu pragmatismo poderá inviabilizar este cenário.
MM
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