\ A VOZ PORTALEGRENSE: Desabafos 2020/2021 - XIV

segunda-feira, março 15, 2021

Desabafos 2020/2021 - XIV

CDS e a ‘Prova de Vida’

Há quatro anos, nas autárquicas de 2017, o CDS conseguiu uma forte dinâmica no concelho de Portalegre, como há décadas não acontecia.

Num processo eleitoral liderado por Nuno Figueiredo Moniz, o CDS apresentou listas em todos os órgãos do concelho, a começar com a presença em todas as freguesias, o que não se verificava há inúmeras eleições autárquicas!

Foi um trabalho árduo, levado a cabo pela concelhia e pela equipa eleitoral autárquica, levado a bom porto, como se prova pelos resultados obtidos, ao nível dos melhores alguma vez alcançados em autárquicas no concelho de Portalegre pelo CDS.

É importante que nas autárquicas deste Outono de 2021 o CDS não perca essa dinâmica de crescimento, de afirmação política, de participação cívica, colocando-se na luta pelos e na defesa dos interesses de Portalegre e do seu concelho. Portalegre merece mais!

Como parênteses, diga-se que de acordo com os dados das últimas eleições legislativas, a votação no CDS no concelho de Portalegre prova que o seu eleitorado se manteve fiel, não havendo fugas nem para o partido Chega, nem para o partido Iniciativa Liberal, o que mostra que além da união do seu núcleo duro, a sua força eleitoral tem todas as hipóteses, todas as probabilidades de crescer em actos eleitorais futuros.

Assim sendo, o CDS tem todas as condições de se apresentar às autárquicas de 2021 com listas próprias.

O CDS tem que repetir a estratégia das autárquicas de 2017. O CDS no concelho de Portalegre não tem que se aliar a nenhum partido.

O passado, a experiência passada de coligações do CDS com o PSD traduziram-se no quase desaparecimento do partido em termos autárquicos, e o renascer foi sempre feito com muitas dores.

Recordando o processo autárquico de 2013, o CDS estava a trabalhar com listas próprias, quando a direcção nacional forçou a coligação com o PSD. À época pontificava nos órgãos nacionais do PSD um elemento do «Grupo das Finanças» que há muito controla o PSD concelhio, com os péssimos resultados que os números de sucessivas eleições provam. E a coligação de 2013 foi estruturada na Lapa e no Caldas, à revelia da estrutura concelhia do CDS, com a qual não concordava.

É que o PSD no concelho de Portalegre só quer coligações com o CDS, quando pensa e sabe que não vai ganhar a autarquia, e assim coligado, joga para perder por menos.

O PSD tem a estratégia, repetida, de estabelecer conversações com o CDS, prolongando-as o mais possível, com o objectivo de à última hora borregar, e o CDS ficar com tempo limitado para refazer as suas listas, e muitas das vezes não conseguir apresentá-las a todos os órgãos autárquicos do concelho!

É mais importante o futuro do CDS, que qualquer projecto pessoal. A falada coligação autárquica nacional de 2021 entre PSD e CDS, afirmada pelos líderes dos dois partidos, não serve o interesse do CDS, nem o do PSD. Este acordo visa apenas prolongar as respectivas lideranças nacionais, ambas alvo de forte críticas. O pessoal não pode sobrepor-se ao colectivo!

O CDS tem que ir com listas próprias às autárquicas de 2021 no concelho de Portalegre. O CDS tem que ser respeitado. O CDS tem que se dar ao respeito.

Mário Casa Nova Martins

15 de Março de 2020

Rádio Portalegre