Desabafos 2020/2021 - XIV
Há quatro anos, nas autárquicas de 2017, o CDS conseguiu uma
forte dinâmica no concelho de Portalegre, como há décadas não acontecia.
Num processo eleitoral liderado por Nuno Figueiredo Moniz, o
CDS apresentou listas em todos os órgãos do concelho, a começar com a presença
em todas as freguesias, o que não se verificava há inúmeras eleições
autárquicas!
Foi um trabalho árduo, levado a cabo pela concelhia e pela
equipa eleitoral autárquica, levado a bom porto, como se prova pelos resultados
obtidos, ao nível dos melhores alguma vez alcançados em autárquicas no concelho
de Portalegre pelo CDS.
É importante que nas autárquicas deste Outono de 2021 o CDS
não perca essa dinâmica de crescimento, de afirmação política, de participação
cívica, colocando-se na luta pelos e na defesa dos interesses de Portalegre e
do seu concelho. Portalegre merece mais!
Como parênteses, diga-se que de acordo com os dados das
últimas eleições legislativas, a votação no CDS no concelho de Portalegre prova
que o seu eleitorado se manteve fiel, não havendo fugas nem para o partido
Chega, nem para o partido Iniciativa Liberal, o que mostra que além da união do
seu núcleo duro, a sua força eleitoral tem todas as hipóteses, todas as
probabilidades de crescer em actos eleitorais futuros.
Assim sendo, o CDS tem todas as condições de se apresentar
às autárquicas de 2021 com listas próprias.
O CDS tem que repetir a estratégia das autárquicas de 2017.
O CDS no concelho de Portalegre não tem que se aliar a nenhum partido.
O passado, a experiência passada de coligações do CDS com o
PSD traduziram-se no quase desaparecimento do partido em termos autárquicos, e
o renascer foi sempre feito com muitas dores.
Recordando o processo autárquico de 2013, o CDS estava a
trabalhar com listas próprias, quando a direcção nacional forçou a coligação
com o PSD. À época pontificava nos órgãos nacionais do PSD um elemento do
«Grupo das Finanças» que há muito controla o PSD concelhio, com os péssimos
resultados que os números de sucessivas eleições provam. E a coligação de 2013
foi estruturada na Lapa e no Caldas, à revelia da estrutura concelhia do CDS,
com a qual não concordava.
É que o PSD no concelho de Portalegre só quer coligações com
o CDS, quando pensa e sabe que não vai ganhar a autarquia, e assim coligado,
joga para perder por menos.
O PSD tem a estratégia, repetida, de estabelecer
conversações com o CDS, prolongando-as o mais possível, com o objectivo de à
última hora borregar, e o CDS ficar com tempo limitado para refazer as suas listas,
e muitas das vezes não conseguir apresentá-las a todos os órgãos autárquicos do
concelho!
É mais importante o futuro do CDS, que qualquer projecto
pessoal. A falada coligação autárquica nacional de 2021 entre PSD e CDS,
afirmada pelos líderes dos dois partidos, não serve o interesse do CDS, nem o
do PSD. Este acordo visa apenas prolongar as respectivas lideranças nacionais,
ambas alvo de forte críticas. O pessoal não pode sobrepor-se ao colectivo!
O CDS tem que ir com listas próprias às autárquicas de 2021 no concelho de Portalegre. O CDS tem que ser respeitado. O CDS tem que se dar ao respeito.
15 de Março de 2020
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