Desabafos, 2015/2016 - XI
Na segunda-feira dia 15 de Fevereiro deste ano de 2016, o
Presidente da República Aníbal Cavaco Silva condecorou pela primeira vez uma
vítima das Forças Populares 25 d Abril (FP25).
Hoje como que é tabu falar dessa associação criminosa e
assassina. Talvez por isso a cerimónia de entrega da condecoração a título
póstumo, a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, teve lugar numa cerimónia
privada a pedido da família, quiçá temendo-se represálias.
Precisamente no dia do trigésimo aniversário do assassinato de
Gaspar Castelo Branco, a sua Memória foi lembrada.
Director dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo Branco era
um alto funcionário do Estado que, de acordo com a explicação sobre as ordens
honoríficas portuguesas disponível na página da Presidência da República, prestou
“serviços relevantes a Portugal, no país ou no estrangeiro, assim como serviços
de expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua
história e dos seus valores”.
Gaspar Castelo Branco foi morto ao fim da tarde de 15 de
Fevereiro de 1986 à porta de casa, na Lapa, com um tiro na nuca, num ataque
reivindicado poucas horas depois pelas Forças Populares 25 de Abril.
Cavaco Silva, neste seu final de segundo mandato, mostra uma
coragem cívica que muito o honra.
As FP25 surgiram em 1980 e operaram até 1987. Os assassinos
que a formaram nunca reconheceram os crimes que praticaram, e hoje passeiam-se
com o maior à vontade, sendo ídolos dos radicais de Esquerda que estão na
Assembleia de República.
Mas que fique claro o alerta que estes assassinos continuam a manter as mesmas ideias e posições, pelo que o mais que certo fracasso desta coligação de Governo, que une as extremas-esquerdas, os fará sair da clandestinidade e regressar ao banditismo e terrorismo de Esquerda.
Mas que fique claro o alerta que estes assassinos continuam a manter as mesmas ideias e posições, pelo que o mais que certo fracasso desta coligação de Governo, que une as extremas-esquerdas, os fará sair da clandestinidade e regressar ao banditismo e terrorismo de Esquerda.
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 29 de Fevereiro de 2016
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