Desabafos
E Chipre aqui tão perto! Sim, Portugal não está a conseguir
controlar o défice do Estado. Nada indica, bem pelo contrário, que mais medidas
de austeridade não venham a ser implementadas, quer pelo atual Governo liderado
pelo PSD e pelo independente Vítor Louçã Gaspar, quer por um futuro Governo
liderado pelo PS.
A crise na União Europeia, e principalmente na Zona Euro,
está não para durar, mas sim para ficar. A forma de Estado que hoje vigora na
União Europeia está condenada. Os Países do sul da Europa, Chipre, Espanha,
Grécia, Itália e Portugal estão há muito em falência técnica. E a França para
lá caminha.
Como diz o ditado popular, por esta situação, «a culpa vai
morrer solteira». E a mais do que justa indignação dos portugueses está a ser
instrumentalizada por forças políticas extremistas, que não apresentam a mais
pequena solução, apenas fortes doses de demagogia.
Por muito que se diga, há a possibilidade de em Portugal se
taxar depósitos para gerar receitas para o Estado. Os portugueses têm que se
preparar para esta medida. A apreensão de hoje, a desconfiança que já existe, é
legítima. O colapso da Zona Euro se em tempos era uma miragem, agora é cada vez
mais possível.
Também a confiança na banca, se já era pouca, agora ainda é,
se possível, menor. A qualquer momento, os portugueses podem ver desaparecer
parte de uma vida de poupanças. Esta injustiça é na verdade um roubo, um roubo
feito pelo Estado por culpa dos políticos que têm delapidado esse mesmo Estado.
Esta Terceira República cada vez mais se assemelha com a Primeira.
O direito à indignação é hoje uma arma!
Mário
Casa Nova Martins
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