Eleições na SCMP
Pássaros & Passarões
As eleições na SCMP
Num passado recente, a figura máxima da igreja católica em Portalegre foi maltratada por uma rádio local.
De uma intervenção num jantar aberto, um denominado jornalista/locutor truncou as palavras do orador, construiu uma falsa peça jornalística, e fê-la difundir não só através dos microfones da dita rádio, como a editou em vídeo, sendo este também editado no YouTube.
O vídeo provocou um conjunto de insultos ao bispo e à própria igreja católica. Claro que foi possível identificar praticamente todos os que ‘anonimamente’ escreveram os insultos.
Mas os católicos, e não só, vieram em defesa do bispo e da sua honra, e o nefasto episódio como que caiu no esquecimento. Nós próprios há muito que o esquecêramos.
Todavia, os inenarráveis episódios que acompanharam a parte final do mandato da Provedora e sua equipa à frente dos destinos da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre, trouxeram-nos à memória este momento infeliz, que tanto incomodou o seu involuntário protagonista, o bispo da diocese.
Por quem de direito, e com direito, foi delineada uma estratégia de assalto ao poder na SCMP. O fim do mandato dos corpos dirigentes estava próximo, e assim aproximavam-se eleições.
Desde já se diga que a equipa que geria os destinos da SCMP teve em todo o processo um comportamento exemplar, ou não se conhecesse a Pessoa da sua Provedora. Aos insultos, às calúnias, ao vil e cobarde anonimato, a resposta foi, num caso, o recurso ao Tribunal, e quanto ao resto o silêncio, um silêncio que traduziu desprezo por aquela gente que se acoitava na infâmia dos actos que praticava.
Mas uma parte da estratégia de conquista do poder falhou, quando o Tribunal deu razão à SCMP.
A partir daí, redobraram os ataques, sempre anónimos, e começou uma campanha no mesmo meio de comunicação social que maltratara o bispo contra a Provedora e a Instituição SCMP. Nada era feito ao acaso.
É um facto que a Provedora e sua equipa como que tiveram ao longo do tempo um comportamento naïf. Mas compreende-se que era no fundo uma posição de seriedade e de responsabilidade perante a Instituição que serviam.
Mas não pode ser ‘o poder pelo poder’, não se pode aceitar que ‘tudo vale’ para se alcançar o poder.
E então ocorreu-nos um outro facto, agora na esfera da política, também de um passado recente.
As últimas eleições para a concelhia de Portalegre do PSD trouxeram uma ‘novidade’, que foi a não discussão de ideias. Passou-se toda a campanha eleitoral em ataques pessoais, melhor, em insultos anónimos no mesmo local onde se fizeram aqueles às pessoas que estavam a dirigir a SCMP. Mais do que uma mera coincidência, é um facto que existe uma semelhança da estratégia ‘anónima’, quer no PSD local, quer na SCMP. Então, quem quiser que tire, se as houver, as consequentes ilações.
É público que dentro da igreja católica havia todo o interesse em que uma nova equipa, por ela escolhida, tomasse conta dos destinos da SCMP. Todo o direito lhe assiste.
O que não se compreende é que pactue com gente que use estes métodos de tomada de poder.
Mário Casa Nova Martins
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