Jorge Luís Lourinho Mangerona
À Beira do Abismo
Vai sendo difícil, mesmo nesta quadra natalícia, mostrar optimismo e ter esperança. Quer o País, quer a nação benfiquista, vivem, como a imagem documenta, à beira do abismo. É curioso como padecem de doenças tão parecidas. O País já não acredita em promessas e considera a maioria dos políticos mentirosos inveterados, os benfiquistas estão fartos dos amanhãs que cantam e das promessas duma equipa europeia, que acaba por nem conseguir ganhar a uns israelitas de quinta categoria. O comandante da nau lusitana promete políticas duras que vão custar a todos, mas depois lá vêm as excepções, sejam os “imprescindíveis” gestores públicos, seja um arquipélago que beneficia de um regime que põe em causa a unidade nacional. Um parêntesis para que fique registado o meu protesto: o interior do País, especialmente o Alto Alentejo, tem de exigir um subsídio de interioridade, pois sofre das mesmas insuficiências estruturais e tem os mesmos problemas que os sempre beneficiados ilhéus. Entretanto, o comandante da outra nau, a benfiquista, também parece depender de “imprescindíveis”, seja um tal Peixoto seja um tal de Jesus, cujo nome parece ser uma blasfémia e uma ofensa ao Verdadeiro. É claro que no caso do falso Jesus falam mais alto os cinco milhões que são uma ofensa aos muitos que acreditam no Verdadeiro. Estes vendedores de ilusões, seja o que do filósofo usa o nome, seja o que à custa dos pneus (?) fez fortuna, lá vão levando a água ao seu moinho. O problema é que, quando chove muito, como tem acontecido ultimamente, a segurança do moinho fica em causa e põe em risco os que dele dependem e que precisam da farinha para o pão de todos os dias. Mais grave ainda quando a farinha tem de ser pedida, por caridade, por essa Europa fora, pois os vendedores de ilusões conseguiram a façanha de acabar com a local…
O Mário Martins que me desculpe esta comparação porventura abusiva entre os problemas da sua nação benfiquista e os da Nação…Claro que reconheço que os problemas das águias não têm a dimensão nem a gravidade dos problemas que afligem o País mas, nesta quadra, que se me permita a ironia e o esboço de um sorriso ainda que a um passo do abismo.
Jorge Luís Lourinho Mangerona
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