James Finn Garner II
A história “João e os Feijões” remete-nos para um país acima das nuvens onde vive um gigante que tem uma galinha que põe ovos de ouro.
João é um rapaz pobre que vive com a mãe numa pequena granja. O pai tinha morrido ás mãos de um endiabrado gigante e eram muito pobres.
Um dia a mão manda-o à feira vender uma vaca e no regresso o João, feliz, diz à mãe que vendeu a vaca a uma velhota a troco de um saquito de feijões.
Um dia a mão manda-o à feira vender uma vaca e no regresso o João, feliz, diz à mãe que vendeu a vaca a uma velhota a troco de um saquito de feijões.
A mãe irritada atira os feijões pela janela.
Na manhã seguinte, o João vê que no lugar onde as sementes mágicas tinham sido atiradas estava agora um arbusto com feijões.
Subindo por ele, João passa as nuvens e chega à porta de um castelo. Nele vivia um gigante ao qual João rouba para levar à mãe a galinha que punha ovos de ouro, sacos com dinheiro e uma harpa.
Contudo, a harpa era mágica e chama pelo dono. O gigante corre atrás do João, mas este é mais lesto a descer pelo feijoeiro, e chegado ao chão e corta-o, caído o gigante desamparado e morrendo.
Assim a mãe e o João ficaram com o tesouro do gigante puderam viver sem dificuldades.
Assim, o gigante que matara o pai do João caía vingado pelo filho.
James Finn Garner reescreve esta história.
O herói é o João, que a mando da mãe vai vender a vaca leiteira, esquecendo mãe e filho de tudo o que a vaca lhes tinha dado, desde os milhares de litros de leite até ao estrume que produzira.
No caminho João encontra um velho mágico vegetariano que lhe faz uma dissertação sobre os malefícios do consumo de carne e propõe-lhe a troca da vaca por três feijões mágico.
João aceitou, mas a mãe furibunda com o negócio atira os feijões pela janela.
Na manhã seguinte estava à frente da janela um robusto feijoeiro, e como não tinha que ordenhar a vaca subiu por ele.
No topo das nuvens deparou-se-lhe um enorme castelo onde vivia um gigante. Entrou no castelo e viu uma harpa de ouro que tocava sem que ninguém a dedilhasse. E ao lado da harpa estava uma galinha sentada em cima de uma pilha de ovos de ouro.
Foi então que o João pegou na harpa e na galinha e desatou a correr para fora do castelo.
Porém, João foi apanhado pelo gigante.
João nega que as tivesse roubado, apenas ia colocá-las à sua guarda.
Estabelece-se um diálogo entre o gigante e o João e este fica a saber que o gigante tinha arrancado feijoeiro. Também fica a saber que antes dele já treze outros tinham subido ao castelo por feijoeiros, que também foram arrancados.
Impossibilitado de voltar a casa, João é convidado pelo gigante a juntar-se a ele e aos outros. O gigante e os outros treze eram vegetarianos, pelo que nunca lhe faltaria feijões para comerem.
«E, assim, João resignou-se ao seu destino de membro da comuna nefelibata do gigante. Não teve grandes saudades da mãe nem do quintal, porque lá nas alturas havia menos que fazer e mais que comer. E aos poucos aprendeu que a não avaliar as pessoas pela sua estatura, excepto as mais pequenas do que ele». (pg. 88)
Decididamente, escolhemos a primeira versão da história!
Mário Casa Nova Martins
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