Desabafos

Para Julius Evola, os Estados Unidos da América são “a etapa final da trajectória histórica da Europa moderna”, enquanto que René Guénon lhes chamou “o último ocidente”.
Por estes dias, o actual Presidente dos EUA está de visita ao “velho continente”. Começou pela sua Colónia dilecta, a Inglaterra, seguindo-se a visita à França, depois á Alemanha, à República Checa, indo terminar na parte europeia do antigo Império Otomano, hoje a Turquia, cuja área geográfica e cultura são mais asiáticas que europeias. Histórias da História e consequências de guerras e conflitos políticos e diplomáticos não ou mal resolvidos no passado século XX
Barack Obama chegou aureolado de “messias” de uma “boa-nova” que irá redimir a Europa dos seus vícios e maus costumes. Idolatrado pelo “politicamente correcto”, com foros de “infalibilidade”, vai deixar uma inefável nuvem de déjà-vu de boas vontades e pouco mais.
A situação económico-financeira dos EUA é pior que a da União Europeia. A situação militar no Afeganistão está pior que nunca. As políticas implementadas por Obama no seu país não estão a resultar. Esta visita é uma “fuga para a frente” por parte de um político “gerado” pela comunicação social europeia e americana, e que teve no antecessor, George W. Bush, o pior presidente da História dos EUA.
A União Europa está em crise de liderança. Gente como Durão Barroso, Nicolas Sarkozy ou Angela Merkel não têm estatuto de Estadista. Tal como Barack Obama.

in, Rádio Portalegre, Desabafos, 03/04/09
Mário Casa Nova Martins