\ A VOZ PORTALEGRENSE: Portalegre

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Portalegre

Antiga Fonte do Carro (Hoje em Cascais) (1623)
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Pensar Portalegre
versus
Pensar Em Portalegre
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Uma coisa é «Pensar Portalegre», outra é «Pensar em Portalegre». Mas ambas são tudo menos contrárias. Dir-se-ia que são complementares, e obrigatórias!
Se não se tiver interesse em Portalegre, na sua História, no seu Presente e no seu Futuro, porquê pensar em Portalegre? Para pensar Portalegre, há que primeiro pensar em Portalegre.
O problema de Portalegre está no facto de que há décadas que não há quem pense Portalegre, por muito que se pense em Portalegre. Há em Portalegre e na sua diáspora muitos Portalegrenses que pensam em Portalegre, mas ninguém pensa Portalegre.
Pensar Portalegre é projectá-la no Futuro, mas um Futuro que é não “amanhã” ou “depois”, mas pelo menos a década seguinte. O Futuro tem que ser pensado com futuro.
Contrariamente ao que nos é habitual, escrevemos dois textos, um para os “
Desabafos” na Rádio Portalegre e outro para o Blogue, que falavam em Portalegre. Ambos não pensavam Portalegre, mas pensavam em Portalegre. Se os “Desabafos” abordavam um facto político concreto, um fait-divers acontecido na última Assembleia Municipal mas com consequências políticas sérias em termos de Democracia, no Blogue perspectivava-se o futuro próximo em termos de eleições autárquicas.
Para se pensar Portalegre há que criar um think-thank, constituído por gente dos quadrantes da sociedade que possam contribuir para a elaboração de um modelo de desenvolvimento próprio. Esse modelo de desenvolvimento abarcará todas as variantes e condicionantes do concelho de Portalegre, sendo a sua exequibilidade a garantia do que não seria mais uma oportunidade desenvolvimentista perdida, como foi o denominado Programa Polis.
Não basta pensar em Portalegre. Tal tem sido uma constante de sucessivos Governos autárquicos e da Oposição. E, como se vê, não foi o necessário. Os ciclos de oito anos, como os de Rui Simplício, de João Transmontano e agora de Mata Cáceres, não conseguiram pensar Portalegre. Avulsos foram e são os seus contributos para o desenvolvimento de Portalegre, e não era isso que se lhes exigia, dadas as expectativas criadas quando do primeiro momento em que foram eleitos.
“Resistirá” Portalegre a mais quatro anos em que não se pense Portalegre?
Mário Casa Nova Martins