\ A VOZ PORTALEGRENSE: Crónica de Nenhures

terça-feira, janeiro 20, 2009

Crónica de Nenhures

Sombras
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A Europa, mais do que os Estados Unidos da América, vive este dia com forte intensidade. O “seu candidato” ganhara as eleições presidenciais, e hoje chega-se ao clímax, a sua tomada de posse!
Tem sido assim desde há muito tempo. As eleições presidenciais americanas despertam mais interesse na Europa que nos EUA, principalmente na metade esquerdista do continente europeu.
É caricato quando um candidato do Partido do Elefante ganha. Este é sempre caracterizado pela negativa nos meios de comunicação social, controlados à esquerda. É sempre alguém sem valores, sem princípios, reaccionário na versão marxista, enfim um “fora-de-lei” que o obscurantismo do povo americano erradamente elegeu.
Mas quando o candidato do Partido do Burro é o vencedor, de imediato vem lá a melodia dos “amanhãs que cantam”, do “sol que brilha”, a “inteligência” do povo americano é saudada, os EUA voltam a ser o lugar mais belo do mundo.
É verdade que os dois últimos presidentes americanos eleitos pelo Partido Republicano, os Bush, pai e filho, foram um desastre para a Humanidade. Mas o último presidente eleito do Partido Democrático, Clinton, também não deixou boas recordações.
Hoje a esperança de uma esquerda socializante, estatizante, pacifista, marxista e apoiante das últimas ditaduras comunistas, é tremenda. “Amanhã”, passada a euforia destes momentos de festa, “acordará” para a “realidade”.
A América de Obama é um remake da América de Clinton! E não só pelo facto de estar na Administração Obama a “nata” da Administração Clinton, que na sombra de oito anos esperou pacientemente o “regresso”. Mas principalmente porque os “vícios” da era Clinton estão de volta, vencedores!
O primeiro presidente eleito dos Estados Unidos da América do século XXI não conseguiu construir um team à sua “imagem e semelhança”, aquela que “transpareceu” na campanha eleitoral, uma “imagem” que transmitiu confiança num Futuro melhor para os americanos, uma “semelhança” com o que de bom tem a América Profunda, a Liberdade!
Continua, assim, a era pós-americana.
Mário Casa Nova Martins