João Camossa, 1926-2007
Há muito que nos habituáramos a ouvir falar dele, das suas histórias e estórias, da sua cultura, enfim, era um vulto incontornável nas tertúlias monárquicas dos finais do século XX que frequentávamos.
Viemo-lo a conhecer nos inícios dos anos noventa, em casa de Elysio Barrilaro Ruas, e rapidamente nos tornámos Amigos. O nosso fervor Miguelista, o amor à História de Portugal eram dois elementos que nos uniam. E como nos deliciávamos a ouvir as histórias de alcova, sempre acrescidas de um grãozinho de pimenta…, que só ele sabia contar!
Um fim-de-semana o PPM realizou um Conselho Nacional no Grão-Vasco, em Viseu. Era um tempo em que o partido tinha crédito na sociedade civil. Fora de boleia e como seria de esperar esteve em nossa Casa. Uma das coisas curiosas é que nunca chegava pelo mesmo sítio. Depois contava-nos por onde tinha vindo, voltas enormes!, mas que ele dizia ter aprendido essa estratégia que o impedia de ser seguido com o PCP nos tempos da clandestinidade, dizendo mesmo ter-se cruzado naqueles tempos por várias vezes com Álvaro Cunhal em diferentes sítios de Lisboa. Acreditávamos em tudo o que nos contava, e “premiava-nos” com mais deliciosas histórias dos nossos reis e rainhas, príncipes e princesas, favoritos e favoritas, filhos legítimos e ilegítimos de reis e nobres ilustres da nossa história pátria. Ninguém como ele sabia tanto da “pequena história” de Portugal! E quantas vezes saíam recortes de notícias, esboços de mapas, papéis rabiscados com notas das algibeiras do seu casaco, sempre recheadas de mistérios...
Voltámos a encontrar-nos mais vezes. Hoje temos a maior Saudade desses encontros.
Viemo-lo a conhecer nos inícios dos anos noventa, em casa de Elysio Barrilaro Ruas, e rapidamente nos tornámos Amigos. O nosso fervor Miguelista, o amor à História de Portugal eram dois elementos que nos uniam. E como nos deliciávamos a ouvir as histórias de alcova, sempre acrescidas de um grãozinho de pimenta…, que só ele sabia contar!
Um fim-de-semana o PPM realizou um Conselho Nacional no Grão-Vasco, em Viseu. Era um tempo em que o partido tinha crédito na sociedade civil. Fora de boleia e como seria de esperar esteve em nossa Casa. Uma das coisas curiosas é que nunca chegava pelo mesmo sítio. Depois contava-nos por onde tinha vindo, voltas enormes!, mas que ele dizia ter aprendido essa estratégia que o impedia de ser seguido com o PCP nos tempos da clandestinidade, dizendo mesmo ter-se cruzado naqueles tempos por várias vezes com Álvaro Cunhal em diferentes sítios de Lisboa. Acreditávamos em tudo o que nos contava, e “premiava-nos” com mais deliciosas histórias dos nossos reis e rainhas, príncipes e princesas, favoritos e favoritas, filhos legítimos e ilegítimos de reis e nobres ilustres da nossa história pátria. Ninguém como ele sabia tanto da “pequena história” de Portugal! E quantas vezes saíam recortes de notícias, esboços de mapas, papéis rabiscados com notas das algibeiras do seu casaco, sempre recheadas de mistérios...
Voltámos a encontrar-nos mais vezes. Hoje temos a maior Saudade desses encontros.
Deixou-nos fisicamente, mas permanecerá vivo na nossa Memória.
Até Sempre Dr. João Camossa!
Até Sempre Dr. João Camossa!
Mário Casa Nova Martins
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