Carta Aberta
Sé Catedral de Portalegre
Voltei aqui porque este seu desabafo vem muito ao encontro das minhas preocupações enquanto Católica.
Muitos dos homens que servem a Igreja Católica - acho que, felizmente não é a maioria, bem pelo contrário - estão a fazer-Lhe um péssimo serviço, e a afastar muitas pessoas da Sua Prática, que não do Catolicismo, seguindo a máxima “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”; e digo isto porque tenho conhecimento directo de tal situação, embora conheça também a segunda situação, o que vai permitindo manter a esperança.
Bom Domingo
Beijo
_______
Bom Dia Cristina
Este Seu “regresso” também vai muito ao encontro das minhas preocupações enquanto católico, e ao mesmo tempo ajuda-me a compreender melhor a situação da Igreja Católica em Portugal.
O Minho não é o Alentejo, pelo que as Suas palavras deixam-me apreensivo. É que se a zona mais profundamente religiosa de Portugal já sente este problema da prática religiosa, então é grave, muito grave!
No Alentejo as igrejas estão vazias, os serviços religiosos são os indispensáveis, e a avançada idade do clero faz com que haja um forte distanciamento entre a Igreja e a Comunidade, principalmente em relação aos jovens.
Posso dizer-Lhe que em termos culturais, então o caso ainda é mais grave. Se não há a edição de documentos pastorais que possam servir de leitura e guia para a orientação dos crentes enquanto católicos, situações há em que a imprensa católica está entregue a não-crentes que a politiza a seu belo prazer, que gente cuja conduta moral é conhecida publicamente por contrária à Doutrina da Igreja tem protagonismo dentro da própria Casa do Senhor, enfim, um tão sem número de situações públicas que enchem de descrédito a Instituição, afastam os Fiéis quer da Missa, quer de qualquer acto religioso católico.
Enquanto isso, as outras Igrejas estão cheias de gente, que depois vem para a rua apregoar a sua Fé, no fundo como faziam os primeiros cristãos. Ao darem este testemunho, vão conseguindo congregar cada vez mais adeptos, e, por exemplo, em Portalegre, as Testemunhas de Jeová fazem anualmente um encontro regional no Estádio Municipal, que congrega mais gente que qualquer procissão ou acontecimento religioso.
Mais do que um problema de laicização da Sociedade, é um problema que nasce dentro da própria Igreja Católica, que se vai destruindo por dentro, entre guerras de protagonismo e demissões de Fé.
Serão verdades inconvenientes, como está em moda dizer-se, mas esta é a crua realidade aqui nesta região alentejana, mas que é de transição entre a Beira e o Alentejo propriamente dito, porque mais a sul a realidade ainda é mais dura para a Igreja Católica.
Também um Bom Domingo.
Beijo.
.
Bom Dia Mário.
Voltei aqui porque este seu desabafo vem muito ao encontro das minhas preocupações enquanto Católica.
Muitos dos homens que servem a Igreja Católica - acho que, felizmente não é a maioria, bem pelo contrário - estão a fazer-Lhe um péssimo serviço, e a afastar muitas pessoas da Sua Prática, que não do Catolicismo, seguindo a máxima “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”; e digo isto porque tenho conhecimento directo de tal situação, embora conheça também a segunda situação, o que vai permitindo manter a esperança.
Bom Domingo
Beijo
_______
Bom Dia Cristina
Este Seu “regresso” também vai muito ao encontro das minhas preocupações enquanto católico, e ao mesmo tempo ajuda-me a compreender melhor a situação da Igreja Católica em Portugal.
O Minho não é o Alentejo, pelo que as Suas palavras deixam-me apreensivo. É que se a zona mais profundamente religiosa de Portugal já sente este problema da prática religiosa, então é grave, muito grave!
No Alentejo as igrejas estão vazias, os serviços religiosos são os indispensáveis, e a avançada idade do clero faz com que haja um forte distanciamento entre a Igreja e a Comunidade, principalmente em relação aos jovens.
Posso dizer-Lhe que em termos culturais, então o caso ainda é mais grave. Se não há a edição de documentos pastorais que possam servir de leitura e guia para a orientação dos crentes enquanto católicos, situações há em que a imprensa católica está entregue a não-crentes que a politiza a seu belo prazer, que gente cuja conduta moral é conhecida publicamente por contrária à Doutrina da Igreja tem protagonismo dentro da própria Casa do Senhor, enfim, um tão sem número de situações públicas que enchem de descrédito a Instituição, afastam os Fiéis quer da Missa, quer de qualquer acto religioso católico.
Enquanto isso, as outras Igrejas estão cheias de gente, que depois vem para a rua apregoar a sua Fé, no fundo como faziam os primeiros cristãos. Ao darem este testemunho, vão conseguindo congregar cada vez mais adeptos, e, por exemplo, em Portalegre, as Testemunhas de Jeová fazem anualmente um encontro regional no Estádio Municipal, que congrega mais gente que qualquer procissão ou acontecimento religioso.
Mais do que um problema de laicização da Sociedade, é um problema que nasce dentro da própria Igreja Católica, que se vai destruindo por dentro, entre guerras de protagonismo e demissões de Fé.
Serão verdades inconvenientes, como está em moda dizer-se, mas esta é a crua realidade aqui nesta região alentejana, mas que é de transição entre a Beira e o Alentejo propriamente dito, porque mais a sul a realidade ainda é mais dura para a Igreja Católica.
Também um Bom Domingo.
Beijo.
Mário
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