Ano do Centenário de Hergé
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Em 1960, Jean-Pierre Talbot era um jovem belga de 17 anos que sonhava com uma carreira no ensino e ocupava o tempo livre como monitor desportivo de crianças na praia de Ostende. Um dia, um homem dirigiu-se a ele e perguntou-lhe se alguma vez tinha reparado que era muito parecido com Tintin, e se não queria ser apresentado a Hergé.
Talbot respondeu que não à primeira pergunta e que sim à segunda. Poucos dias depois, estava em Bruxelas a apertar a mão a Hergé, que exclamou: "Ah, sim, é ele!" E sem sequer ter tempo para avisar a mãe, o rapaz deu consigo nos estúdios de Boulogne-BilIancourt, perto de Paris, a fazer testes para interpretar Tintin naquele que seria o primeiro dos dois únicos filmes de imagem real da personagem, O Mistério da Tosão de Ouro, estreado em 1961. Seguiu-se-lhe, em 1964, Tintin e as Laranjas Azuis. Havia um terceiro previsto para 1967, mas os produtores desistiram do projecto.
Jean-Pierre Talbot voltou a ser ele próprio, e como o apelo do ensino continuava a ser maior do que o do cinema, tomou-se professor em Spa, na sua Bélgica natal.
"Trago em mim a personagem", declarou Talbot a um diário suíço quando fez 60 anos. "Tintin trouxe-me muita felicidade, mas não me transformei nele. Fiquei sempre eu mesmo."
Hoje, reformado, com 64 anos, uma filha e três netos, e sem um único cabelo na cabeça, Jean-Pierre Talbot, o único homem a incarnar Tintin na tela, ainda recebe cartas endereçadas a 'Senhor Tintin, Spa, Bélgica', cerca de 40 por mês. E responde a todas.
Talbot respondeu que não à primeira pergunta e que sim à segunda. Poucos dias depois, estava em Bruxelas a apertar a mão a Hergé, que exclamou: "Ah, sim, é ele!" E sem sequer ter tempo para avisar a mãe, o rapaz deu consigo nos estúdios de Boulogne-BilIancourt, perto de Paris, a fazer testes para interpretar Tintin naquele que seria o primeiro dos dois únicos filmes de imagem real da personagem, O Mistério da Tosão de Ouro, estreado em 1961. Seguiu-se-lhe, em 1964, Tintin e as Laranjas Azuis. Havia um terceiro previsto para 1967, mas os produtores desistiram do projecto.
Jean-Pierre Talbot voltou a ser ele próprio, e como o apelo do ensino continuava a ser maior do que o do cinema, tomou-se professor em Spa, na sua Bélgica natal.
"Trago em mim a personagem", declarou Talbot a um diário suíço quando fez 60 anos. "Tintin trouxe-me muita felicidade, mas não me transformei nele. Fiquei sempre eu mesmo."
Hoje, reformado, com 64 anos, uma filha e três netos, e sem um único cabelo na cabeça, Jean-Pierre Talbot, o único homem a incarnar Tintin na tela, ainda recebe cartas endereçadas a 'Senhor Tintin, Spa, Bélgica', cerca de 40 por mês. E responde a todas.
Eurico de Barros
in, DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 44 - ARTES - 6.ªFEIRA - 9.MARÇO.2007
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