Um Português na China
This famous photo was taken on 5 June 1989 by photographer Jeff Widener, depicts a lone protester who tried to stop four advancing tanks until he was pulled into the crowd by several onlookers. When asked by Barbara Walters in a 1990 interview, Chinese leader Jiang Zemin said that he cannot confirm whether the man was arrested or not, but "the young man was never, never (sic) killed".
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É a Economia, estúpido!
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O primeiro-ministro de Portugal está na China em visita de Estado. Esta é uma visita importante, como fora a do presidente da República, pouco tempo atrás, à Índia. Quer a China quer a Índia são duas potências regionais emergentes, juntando-se naquela área geográfica ao Japão. Todavia, a China caminha para a hegemonia naquela área, pelo que a breve trecho será considerada uma potência mundial, crendo alguns analistas de geo-estratégica, que poderá disputar com os EUA a hegemonia mundial.
Num tempo em que tanto se fala de alterações climáticas, em Direitos Humanos, em Democracia, que faz o primeiro-ministro de Portugal, país da União Europeia, da NATO, num país anti-democrático, onde vigora uma ditadura de partido único, a do Partido Comunista?
Embora a China tenha assinado o Protocolo de Quioto, é sabido que o não cumpre, sendo a par dos EUA um dos principais poluidores mundiais. Também a China não respeita a Declaração Universal dos Direitos do Homem, tendo prisioneiros políticos, proíbe partidos políticos, aplica a pena de morte e mantém a ocupação do Tibete. Quanto a direitos dos trabalhadores, estes não têm as regalias sociais que usufruem os seus colegas portugueses, por exemplo, sendo a mão-de-obra considerada mera mercadoria onde o salário está no limiar da subsistência.
Conhecendo-se toda esta realidade chinesa, não deixa de ser curioso que nenhuma força política, da extrema-direita à extrema-esquerda, denuncie esta visita. Mas também não se vê nenhuma central sindical a protestar pelas condições infra-humanas em que vivem, vegetam, milhões de trabalhadores chineses. E defensores de um Estado Palestiniano (e simultaneamente de Israel, como nós defendemos), não saíram à rua para lutar pelo Povo do Tibete, ou sequer denunciar a sua ocupação. E as organizações de Direitos Humanos também não vieram denunciar a existência de presos políticos chineses, nem lutar pela abolição da pena de morte na China. Nem as organizações ambientalistas saíram à rua em protesto contra o excesso da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Enfim, apenas interesses de ordem económica são razão de ser desta visita de Estado à China. O resto, pragmatismo!
Num tempo em que tanto se fala de alterações climáticas, em Direitos Humanos, em Democracia, que faz o primeiro-ministro de Portugal, país da União Europeia, da NATO, num país anti-democrático, onde vigora uma ditadura de partido único, a do Partido Comunista?
Embora a China tenha assinado o Protocolo de Quioto, é sabido que o não cumpre, sendo a par dos EUA um dos principais poluidores mundiais. Também a China não respeita a Declaração Universal dos Direitos do Homem, tendo prisioneiros políticos, proíbe partidos políticos, aplica a pena de morte e mantém a ocupação do Tibete. Quanto a direitos dos trabalhadores, estes não têm as regalias sociais que usufruem os seus colegas portugueses, por exemplo, sendo a mão-de-obra considerada mera mercadoria onde o salário está no limiar da subsistência.
Conhecendo-se toda esta realidade chinesa, não deixa de ser curioso que nenhuma força política, da extrema-direita à extrema-esquerda, denuncie esta visita. Mas também não se vê nenhuma central sindical a protestar pelas condições infra-humanas em que vivem, vegetam, milhões de trabalhadores chineses. E defensores de um Estado Palestiniano (e simultaneamente de Israel, como nós defendemos), não saíram à rua para lutar pelo Povo do Tibete, ou sequer denunciar a sua ocupação. E as organizações de Direitos Humanos também não vieram denunciar a existência de presos políticos chineses, nem lutar pela abolição da pena de morte na China. Nem as organizações ambientalistas saíram à rua em protesto contra o excesso da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Enfim, apenas interesses de ordem económica são razão de ser desta visita de Estado à China. O resto, pragmatismo!
MM
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