\ A VOZ PORTALEGRENSE: Crónica de Nenhures

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Crónica de Nenhures

Que fazer
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Ao longo dos seus anos de vida, o Partido do Centro Democrático e Social tem passado por momentos difíceis, em que a própria sobrevivência tem sido colocada à prova. De todas as experiências negativas por que tem passado, o tempo do consulado cavaquista foi o mais penoso, até agora. Todavia, hoje a crise é a maior de sempre!
Paulo Sacadura Cabral Portas, dos escombros que Diogo Pinto de Freitas do Amaral deixou quando da sua segunda passagem à frente do partido, conseguiu dar um novo élan ao moribundo CDS. Idealizando uma estratégia populista, onde Manuel Monteiro era cabeça de cartaz, consegui que o então denominado Partido Popular alcançasse sucessivos bons resultados em eleições autárquicas, europeias e legislativas.
Mas a vil cobiça vai dar ponto final num projecto que era de sucesso a médio prazo. Querendo ocupar o lugar de Monteiro, Portas reúne “espingardas”, cria dificuldades ao líder e ao partido quando das eleições presidenciais, apoiando Cavaco Silva contra Jorge Sampaio, enquanto aqueles se mostravam neutros.
E Monteiro abandona a liderança e inabilmente chega a abandonar o partido para fundar um outro, o que o tempo veio mostrar ser um flop.
No último Congresso emerge um líder sem carisma, mal amado por “adrianistas” e “portistas”, em suma, incompetente. Agarrado ao poder, não percebeu que o seu tempo à frente do CDS findara, e mantém o partido em estado comatoso. O episódio, degradante, da indisciplina partidária do líder parlamentar, é o mais mediatizado, mas a nível nacional o partido deixou pura e simplesmente de existir enquanto estrutura concelhia ou distrital.
O tempo parece curto para que o CDS recupere a tempo de em próximas eleições seja uma força da Direita. E o seu putativo futuro líder Paulo Portas, em curta entrevista dada na televisão, situou o partido no centro-direita. Assim, nada a fazer!
MM