Desabafos
Fala-se abundantemente, e com toda a propriedade, do Sistema Nacional de Saúde e dos direitos consagrados na Constituição da Republica Portuguesa que a ele têm os utentes nacionais.
Considerado uma Conquista de Abril, numa alusão ao golpe de Estado militar de 1974, bandeira eleitoral de demagogias e demagogos, ao longo dos anos tem sido posto a nu a sua falência, quer em termos financeiros, dívidas incomportáveis a terceiros, quer como um mau serviço público prestado. E a introdução de pagamentos pelos actos prestados, taxas com os mais variados nomes, não resolve por si os problemas que urge resolver.
E agora com base num relatório tornado público e da responsabilidade da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, fica-se a saber que os doentes são mal alimentados nos hospitais públicos.
Contudo, que não se julgue que esse estado de mal alimentação tenha a ver com uma má qualidade ou má confecção dos alimentos, que, infelizmente também acontece mas em situações muito limitadas. O estudo dá como exemplos, entre outros, o caso do doente não ter dentes e ser-lhe servido um suculento bife, ou servir-lhe sopa quando não tem capacidade motora para manejar o talher.
Estes pequenos grandes exemplos remetem para a ausência ou carência do factor humano nas relações que se estabelecem entre doente e agentes da instituição hospitalar. Verdadeiras casas de sarar o físico, que muitas das vezes não vem recuperado, e com o acrescento do psíquico vir perturbado pela desumanidade de uma realidade conhecida e quantas fezes ocultada por medo de represálias.
Considerado uma Conquista de Abril, numa alusão ao golpe de Estado militar de 1974, bandeira eleitoral de demagogias e demagogos, ao longo dos anos tem sido posto a nu a sua falência, quer em termos financeiros, dívidas incomportáveis a terceiros, quer como um mau serviço público prestado. E a introdução de pagamentos pelos actos prestados, taxas com os mais variados nomes, não resolve por si os problemas que urge resolver.
E agora com base num relatório tornado público e da responsabilidade da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, fica-se a saber que os doentes são mal alimentados nos hospitais públicos.
Contudo, que não se julgue que esse estado de mal alimentação tenha a ver com uma má qualidade ou má confecção dos alimentos, que, infelizmente também acontece mas em situações muito limitadas. O estudo dá como exemplos, entre outros, o caso do doente não ter dentes e ser-lhe servido um suculento bife, ou servir-lhe sopa quando não tem capacidade motora para manejar o talher.
Estes pequenos grandes exemplos remetem para a ausência ou carência do factor humano nas relações que se estabelecem entre doente e agentes da instituição hospitalar. Verdadeiras casas de sarar o físico, que muitas das vezes não vem recuperado, e com o acrescento do psíquico vir perturbado pela desumanidade de uma realidade conhecida e quantas fezes ocultada por medo de represálias.
MCNM
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 15/12/06
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