Aniversário de Pai Américo
A 23 de Outubro de 1887 nasceu Pai Américo. Esta data não pode deixar de nos trazer à memória a «epopeia» que foi a sua vida. O que sonhou e realizou, como missão recebida do Alto, no mundo dos homens do seu tempo e que constitui, para nós, uma interpelação permanente.
A missão recebida da boca do seu Bispo, de então: «Mandaram-me tratar dos Pobres... Foi o que eu quis ouvir, era do que eu gostava...» Tornava-se, assim, acerto perfeito entre vocação e missão. Um exercício vivido sempre em perfeita sintonia com a Igreja-Mãe: «Nós somos dos Bispos», expressão sua que configurava esta preocupação de ligação e de afecto sacerdotal e que lhe mereceu admiração e apoio da Hierarquia. Basta recordar o apoio firme de D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, e o carinho do Cardeal Cerejeira que constituíram, nessa altura, um sinal de aprovação eloquente.
Esta preocupação, de não dar um passo sem que sentisse os pés no regaço da Igreja, foi constante. Por isso, a Igreja sempre aceitou, com generosa simpatia e júbilo, o timbre do seu testemunho, descobrindo na acção deste Sacerdote, o reflexo do seu próprio rosto, o rosto da Caridade, expressão do Amor de Deus.
Mas foi principalmente a Igreja do Povo de Deus, que no quotidiano vive e testemunha a sua fé, quem melhor intuiu a acção de Deus na acção sacerdotal de Pai Américo junto dos Pobres, trazendo estes para o Altar e do Altar para a vida. Intuição que perdura, ainda, nos nossos dias em muitos sinais de apoio e fraterna partilha para com a Obra da Rua.
Ser fiel ao testemunho de Pai Américo no seio da Igreja-Mãe e no nosso mundo tão cheio de carências decorrentes de novas pobrezas que se vão aninhando e minam o tecido social; saber olhar o nosso mundo e os Pobres a quem somos enviados, hoje, em contextos tão diferentes do seu tempo, é um desafio grandioso. Basta recordar que muitos rapazes para os quais nos pedem acolhimento, já não trazem consigo qualquer referência parental consistente.
Uma fidelidade criativa, operante, não confinada ao «já adquirido», mas que se abra a novos horizontes e outras aportações de qualidade educativa, sem macular aquilo que é nuclear: a educação em ambiente de família, na qual os Rapazes como tal crescem numa interdependência saudável e construtiva, seguindo a matriz do Fundador: «Obra de Rapazes, para Rapazes, pêlos Rapazes», mas onde o elemento adulto, educador significativo, se possa compaginar com perfeição, não como um concorrente mas um complemento educativo de qualidade. Abertura ao voluntariado de qualidade e inteligência e de coração. Situam-se nesta linha criativa os Conselhos Pedagógicos actuais das Casas do Gaiato.
Fidelidade àquela intuição que encheu de sentido a vida de Pai Américo como educador cristão e nesta frase magistralmente resumiu: «A alma vale mais do que o corpo... por ela sangrem os Padres até ao fim...»
Neste aniversário, meditando na sua vida, agora definitivamente «escondida com Cristo em Deus», olhamos as nossas Casas do Gaiato, por cá e por terras de África, com alguma apreensão, por falta de obreiros. Sacerdotes, Senhoras, Voluntários; gente que entre, «mergulhe» e transforme aquilo que porventura pareça menos próprio. Um movimento transformante a partir da entrega humilde e generosa. Que saibamos aceitar a novidade e a crítica. Também elas são construtivas e fazem andar. Sobretudo, saibamos com sabedoria «pôr Deus no seu lugar», pensamento tão querido de Pai Américo quando fazia entender que aObra não era dele, mas de Deus. Que sejamos apenas executores de um projecto educativo que tem a marca da transcendência; do qual nãosomos donos, mas Deus somente.
A missão recebida da boca do seu Bispo, de então: «Mandaram-me tratar dos Pobres... Foi o que eu quis ouvir, era do que eu gostava...» Tornava-se, assim, acerto perfeito entre vocação e missão. Um exercício vivido sempre em perfeita sintonia com a Igreja-Mãe: «Nós somos dos Bispos», expressão sua que configurava esta preocupação de ligação e de afecto sacerdotal e que lhe mereceu admiração e apoio da Hierarquia. Basta recordar o apoio firme de D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, e o carinho do Cardeal Cerejeira que constituíram, nessa altura, um sinal de aprovação eloquente.
Esta preocupação, de não dar um passo sem que sentisse os pés no regaço da Igreja, foi constante. Por isso, a Igreja sempre aceitou, com generosa simpatia e júbilo, o timbre do seu testemunho, descobrindo na acção deste Sacerdote, o reflexo do seu próprio rosto, o rosto da Caridade, expressão do Amor de Deus.
Mas foi principalmente a Igreja do Povo de Deus, que no quotidiano vive e testemunha a sua fé, quem melhor intuiu a acção de Deus na acção sacerdotal de Pai Américo junto dos Pobres, trazendo estes para o Altar e do Altar para a vida. Intuição que perdura, ainda, nos nossos dias em muitos sinais de apoio e fraterna partilha para com a Obra da Rua.
Ser fiel ao testemunho de Pai Américo no seio da Igreja-Mãe e no nosso mundo tão cheio de carências decorrentes de novas pobrezas que se vão aninhando e minam o tecido social; saber olhar o nosso mundo e os Pobres a quem somos enviados, hoje, em contextos tão diferentes do seu tempo, é um desafio grandioso. Basta recordar que muitos rapazes para os quais nos pedem acolhimento, já não trazem consigo qualquer referência parental consistente.
Uma fidelidade criativa, operante, não confinada ao «já adquirido», mas que se abra a novos horizontes e outras aportações de qualidade educativa, sem macular aquilo que é nuclear: a educação em ambiente de família, na qual os Rapazes como tal crescem numa interdependência saudável e construtiva, seguindo a matriz do Fundador: «Obra de Rapazes, para Rapazes, pêlos Rapazes», mas onde o elemento adulto, educador significativo, se possa compaginar com perfeição, não como um concorrente mas um complemento educativo de qualidade. Abertura ao voluntariado de qualidade e inteligência e de coração. Situam-se nesta linha criativa os Conselhos Pedagógicos actuais das Casas do Gaiato.
Fidelidade àquela intuição que encheu de sentido a vida de Pai Américo como educador cristão e nesta frase magistralmente resumiu: «A alma vale mais do que o corpo... por ela sangrem os Padres até ao fim...»
Neste aniversário, meditando na sua vida, agora definitivamente «escondida com Cristo em Deus», olhamos as nossas Casas do Gaiato, por cá e por terras de África, com alguma apreensão, por falta de obreiros. Sacerdotes, Senhoras, Voluntários; gente que entre, «mergulhe» e transforme aquilo que porventura pareça menos próprio. Um movimento transformante a partir da entrega humilde e generosa. Que saibamos aceitar a novidade e a crítica. Também elas são construtivas e fazem andar. Sobretudo, saibamos com sabedoria «pôr Deus no seu lugar», pensamento tão querido de Pai Américo quando fazia entender que aObra não era dele, mas de Deus. Que sejamos apenas executores de um projecto educativo que tem a marca da transcendência; do qual nãosomos donos, mas Deus somente.
Padre João
in, O Gaiato, 28/10/2006
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