Crónica de Nenhures
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A Guerra da Água
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O filme futurista ‘Waterworld’, de e com Kevin Kostner, começa por mostrar o Planeta após os gelos polares se terem derretido e a terra ter submergido, desconhecendo-se se ainda existe alguma parte emersa. A procura de terra seca, Dryland, é o leitmotiv de um grupo liderado por Kostner. Quando se dá a sua descoberta, a terra é deslumbrante, devido à luxuriante paisagem verde e à abundância de água. O herói, que entretanto sofrera alterações genéticas, também tem guelras, regressa ao mar, deixando uma heroína, Jeanne Tripplehorn, apaixonada.
Este épico tem três elementos naturais alvo de cobiça, geradores de lutas, que são a terra seca, o petróleo e a água. Destes, o mais importante é a água potável. E a guerra pela sua posse marcará o século XXI.
Ao longo da História, a guerra teve sempre uma motivação económica. O final do século XX tem disso exemplo no Médio Oriente, a zona mais rica em petróleo, presentemente a matéria-prima mais importante para a Humanidade. A importância negativa para os EUA que foi a queda do Xá do Irão, as invasões do Koweit pelo Iraque, e do Iraque pelos EUA, são disso exemplo. A alta do preço do petróleo, devido à instabilidade política naquela região, assim como a situação política na Venezuela, afectam a economia mundial, hoje globalizada.
Mas, o petróleo é um bem finito, daí a necessidade de alternativas, como a utilização cada vez maior do gás natural. A substituição do petróleo pelo gás natural levará a que os conflitos pela sua posse e distribuição passem para outras regiões, como serão o Norte de África e a Rússia. O Afeganistão é um ‘corredor’ para o gás natural, daí a importância do seu controlo. A emergência da Rússia como potência, diríamos, europeia, tem a ver com a importância das suas reservas naquele bem, que também é finto.
Resta a água, a água potável. A água não é bem escasso, mas a água potável é, e as suas reservas têm vindo a diminuir drasticamente. Mudanças climáticas, deflorestação, exploração intensiva dos solos com produtos químicos, poluição humana e animal, têm, em conjunto, contribuído para deteriorar os aquíferos subterrâneos e dar menos qualidade aos grandes reservatórios artificiais, as barragens, de que é exemplo maior, a falta de qualidade da água da barragem do Alqueva.
Os Povos que tiverem reservas de água potável, serão cobiça daqueles onde ela é escassa. Guerras pela posse das terras em que ela existe em abundância, acontecerão, ou melhor, já estão a acontecer.
Este épico tem três elementos naturais alvo de cobiça, geradores de lutas, que são a terra seca, o petróleo e a água. Destes, o mais importante é a água potável. E a guerra pela sua posse marcará o século XXI.
Ao longo da História, a guerra teve sempre uma motivação económica. O final do século XX tem disso exemplo no Médio Oriente, a zona mais rica em petróleo, presentemente a matéria-prima mais importante para a Humanidade. A importância negativa para os EUA que foi a queda do Xá do Irão, as invasões do Koweit pelo Iraque, e do Iraque pelos EUA, são disso exemplo. A alta do preço do petróleo, devido à instabilidade política naquela região, assim como a situação política na Venezuela, afectam a economia mundial, hoje globalizada.
Mas, o petróleo é um bem finito, daí a necessidade de alternativas, como a utilização cada vez maior do gás natural. A substituição do petróleo pelo gás natural levará a que os conflitos pela sua posse e distribuição passem para outras regiões, como serão o Norte de África e a Rússia. O Afeganistão é um ‘corredor’ para o gás natural, daí a importância do seu controlo. A emergência da Rússia como potência, diríamos, europeia, tem a ver com a importância das suas reservas naquele bem, que também é finto.
Resta a água, a água potável. A água não é bem escasso, mas a água potável é, e as suas reservas têm vindo a diminuir drasticamente. Mudanças climáticas, deflorestação, exploração intensiva dos solos com produtos químicos, poluição humana e animal, têm, em conjunto, contribuído para deteriorar os aquíferos subterrâneos e dar menos qualidade aos grandes reservatórios artificiais, as barragens, de que é exemplo maior, a falta de qualidade da água da barragem do Alqueva.
Os Povos que tiverem reservas de água potável, serão cobiça daqueles onde ela é escassa. Guerras pela posse das terras em que ela existe em abundância, acontecerão, ou melhor, já estão a acontecer.
Mário Casa Nova Martins
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