\ A VOZ PORTALEGRENSE: AA - Orwell tinha razão

sexta-feira, dezembro 13, 2024

AA - Orwell tinha razão

Orwell tinha razão

Numa sessão cultural, um dos intervenientes no painel começou por saudar «todas» e «todos». Nada de anormal nos tempos que correm, tempos estes da “linguagem neutra”, da “linguagem inclusiva”, por outras palavras e lembrando o «1984» de George Orwell, vive-se o tempo de uma «novilíngua».

Contudo, esta nova-língua é um linguajar não de um politicamente correcto mas do Wokismo, da famigerada Religião Woke.

Este palavreado define-se como o modo de falar característico de um indivíduo ou de um grupo. E quem ou grupo será esse que utiliza «todos», «todas» e também «todes»?

Vive-se o ocaso da civilização europeia. Hoje o Europeu tem vergonha de ser Europeu, tem vergonha da sua Civilização, da sua Cultura, tem vergonha de si próprio, tudo fruto da nova ideologia dominante. Germinou a cultura do ódio contra o Europeu.

O indivíduo que saudou «todas» e «todos» é o protótipo, o exemplo perfeito dessa nova ideologia. Militância na Extrema-Esquerda, Marxista, filiação num partido Estalinista ou Trotskista, difusor e divulgador das doutrinas radicais de Esquerda que hoje coincidem com o Wokismo mais extremado, amálgama de fanatismo e intolerância.

Este ‘melting pot’ nasceu em Portugal no ISCTE, tem divulgação privilegiada na RTP e na RDP, ambos ditos ‘canais de serviço público’, e em editoras, jornais e revistas de Esquerda.

Os apregoadores da ‘linguagem neutra’ são os mais comprometidos, ideologicamente falando. Os propagandistas da ‘linguagem inclusiva’ são os mais selectivos, socialmente falando. São déspotas de um novo Totalitarismo.

Jocosamente circula a associação do «todas» à ginecologia, de «todos» à urologia, e «todes» à psiquiatria! Felizmente a ‘maré’ começa a mudar.

Mas que os problemas em Portugal fossem a nova-língua, o novo linguajar.

Grave é hoje em Portugal glorificar-se o criminoso e acusar-se o defensor.

O traficante, o assaltante, quase tem honra de estado. A vítima é para desprezar. À cobertura laudatória dada ao criminoso, ao gangue, contrapõe-se o libelo acusatório contra o lesado. O medo instalou-se, a impunidade está aí. Cumplicidades estatais são por demais evidentes.

Mário Casa Nova Martins