AA - Orwell tinha razão
Orwell tinha razão
Numa sessão cultural, um dos intervenientes no painel
começou por saudar «todas» e «todos». Nada de anormal nos tempos que correm,
tempos estes da “linguagem neutra”, da “linguagem inclusiva”, por outras
palavras e lembrando o «1984» de George Orwell, vive-se o tempo de uma
«novilíngua».
Contudo, esta nova-língua é um linguajar não de um
politicamente correcto mas do Wokismo, da famigerada Religião Woke.
Este palavreado define-se como o modo de falar
característico de um indivíduo ou de um grupo. E quem ou grupo será esse que
utiliza «todos», «todas» e também «todes»?
Vive-se o ocaso da civilização europeia. Hoje o Europeu tem
vergonha de ser Europeu, tem vergonha da sua Civilização, da sua Cultura, tem
vergonha de si próprio, tudo fruto da nova ideologia dominante. Germinou a
cultura do ódio contra o Europeu.
O indivíduo que saudou «todas» e «todos» é o protótipo, o exemplo
perfeito dessa nova ideologia. Militância na Extrema-Esquerda, Marxista,
filiação num partido Estalinista ou Trotskista, difusor e divulgador das
doutrinas radicais de Esquerda que hoje coincidem com o Wokismo mais extremado,
amálgama de fanatismo e intolerância.
Este ‘melting pot’ nasceu em Portugal no ISCTE, tem
divulgação privilegiada na RTP e na RDP, ambos ditos ‘canais de serviço
público’, e em editoras, jornais e revistas de Esquerda.
Os apregoadores da ‘linguagem neutra’ são os mais
comprometidos, ideologicamente falando. Os propagandistas da ‘linguagem
inclusiva’ são os mais selectivos, socialmente falando. São déspotas de um novo
Totalitarismo.
Jocosamente circula a associação do «todas» à ginecologia,
de «todos» à urologia, e «todes» à psiquiatria! Felizmente a ‘maré’ começa a
mudar.
Mas que os problemas em Portugal fossem a nova-língua, o
novo linguajar.
Grave é hoje em Portugal glorificar-se o criminoso e
acusar-se o defensor.
O traficante, o assaltante, quase tem honra de estado. A
vítima é para desprezar. À cobertura laudatória dada ao criminoso, ao gangue,
contrapõe-se o libelo acusatório contra o lesado. O medo instalou-se, a
impunidade está aí. Cumplicidades estatais são por demais evidentes.
Mário Casa Nova Martins
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