Desabafos 2017/2018 - II
Foi
preciso que mais de cem portugueses morressem carbonizados por culpa dos
incêndios deste verão e outono, para ser ouvir palavras do presidente da
República que são uma crítica ao governo socialista apoiado pela esquerda
radical estalinista e trotskista.
Mas
este governo está sólido em termos de apoio parlamentar e público, vide
sondagens, pelo que, passada a tormenta, esquecidos os mortos e os feridos,
tudo voltará como dantes.
O
presidente da República, émulo de Marcello Caetano, voltará a apoiar o governo,
a tirar fotografias com a populaça que o adora, voltará a dizer opacidades, em
suma, volta ao que sempre foi, um indivíduo que gere o seu comportamento em
termos de oportunidade política e sobretudo pessoal.
Portugal
vive como se fosse um «país das maravilhas». Essa falsidade tem tido o apoio, a
conivência do presidente da República. Mas a crua realidade é que aquilo que o
governo dá em aumentos salariais, baixa de impostos directos, tira em dose
maior em impostos indirectos. Mas como o que o povo quer é «pão e circo», e de
ambos há, por enquanto, em quantidade, tudo corre bem no «país das maravilhas.
A Europa está em mudança em termos económicos e financeiros. E Portugal não consegue fazer as reformas estruturais nestas áreas, ficando cada vez mais na cauda da União Europeia. Mas que importa isso se a seca e os incêndios já são passado. Tudo como dantes!
A Europa está em mudança em termos económicos e financeiros. E Portugal não consegue fazer as reformas estruturais nestas áreas, ficando cada vez mais na cauda da União Europeia. Mas que importa isso se a seca e os incêndios já são passado. Tudo como dantes!
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 24-10-2017
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