Desabafos, 2014/2015 - III
A notícia veiculada
pelo jornal Público* na sua edição do
passado dia 5 de outubro é uma verdadeira ‘pedrada no charco’!
Intitulada «Quase um
terço dos emigrantes portugueses em Paris vivem no limiar da pobreza», choca
pela brutalidade da temática, que há muito é conhecida, mas só recentemente se
tornou motivo de notícia.
O artigo refere-se à
região de Paris, mas certamente o mesmo fenómeno grassa nas outras regiões de
França, e poder-se-á dizer que o mesmo acontece por toda a Europa, onde vivem
Portugueses.
No caso de Paris, o
papel da Santa Casa de Misericórdia tem sido relevante. Contudo, quanto às
situações fora deste círculo, nada é dito.
Esta situação começou
a agravar-se nos últimos quatro anos, período que coincide com o também agravar
da situação económica e consequentemente social na Europa.
“Aproximadamente 30%
da nossa comunidade [está] a viver no limiar da pobreza ou abaixo do limiar da
pobreza”, como se pode ler, é muito grave, e a situação em França tenderá a
piorar, fruto da falência do próprio Estado francês.
Mais adiante é
descrita a situação: _ “Todos os casos são marcantes porque encontramos pessoas
que estão numa situação de grande necessidade. Trata-se de uma crise de
subsistência que coloca em causa a própria subsistência da pessoa por não ter
onde viver, não ter onde dormir, não ter o que comer, não ter onde trabalhar”.
As ‘boas
consciências’ continuarão a ‘olhar para o lado’.
Mário Casa Nova Martins
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