Desabafos
Neste ano de 2013, do qual se pode dizer face aos dias e
meses que passaram ser um ano de todos os descontentamentos, tem no principio
do outono eleições autárquicas.
A crise económica e financeira está para ficar. O verão que
se aproxima vai deixar marcas. Mais desemprego, mais falências e insolvências,
as famílias continuarão o seu calvário neste tempo de desumanidade.
E enquanto este cenário dantesco se acinzenta cada dia que
passa, ocorre lembrar que quando Constantinopla estava cercada e ia capitular,
nesta cidade discutia-se o sexo dos anjos. E assim terminou o Império Romano do
Oriente!
Em Portugal e na parte ocidental de Europa, face aos
dramáticos acontecimentos que se avolumam continuamente de índole económica,
financeira e social, nos parlamentos destes países debatem-se as chamadas
causas fraturantes.
Estas causas fraturantes, discutidas e aprovadas, são
retrocessos civilizacionais, e os debates que provocam representam o declínio
da Europa e consequentemente de Portugal.
Face a tudo isto, qual a importância de umas eleições
locais?
Precisamente as eleições autárquicas são aquelas que
teoricamente mais aproximam os candidatos dos cidadãos eleitores, e vice-versa.
Mas a asfixia dos partidos nacionais, junto com a impossibilidade
constitucional da existência de partidos políticos locais e regionais, distorce
a realidade.
Só candidaturas independentes são permitidas, e o concelho
de Portalegre, tudo indica, vai ter pela primeira vez uma candidatura
independente.
Face à novidade, será sociologicamente interessante
acompanhar o processo eleitoral autárquico portalegrense.
E que no final, Portalegre e o seu concelho encontrem a via
que melhor seja para o seu futuro.
Mário Casa Nova Martins
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