Desabafos
Bastou à lista dizer publicamente que não apoiava uma
recandidatura da atual presidente da Câmara Municipal de Portalegre, para que a
mesma ganhasse folgadamente as eleições concelhias que ocorreram quinta-feira
dia 4 deste mesmo mês de Outubro.
Dentro da social-democracia portalegrense há muito que eram
nítidos sintomas de exaustão face a onze anos de desgaste político, provocado
por dez anos de gestão ruinosa do concelho e da autarquia, seguida de fuga às
responsabilidades pelo fautor, e um ano de manutenção de certo ‘status quo’.
Também há muito que se sabe que dentro do partido da
social-democracia não são vistos com bons olhos os ‘paraquedistas’ que nele ‘aterraram’,
vindos do CDS, e que ao longo destes onze anos têm estado à frente de tudo o
que é ‘apetecível’ na gestão da autarquia.
Quanto a estes, será curioso ver neste final de ciclo
político social-democrata os seus futuros comportamentos. Regressão ao ‘redil’
centrista? Na política, com os oportunismos tudo é possível, e ainda mais!
Todavia, diga-se que no último ano, a Câmara Municipal de
Portalegre recuperou credibilidade política junto dos Munícipes. E por certo
até ao final do mandato assistir-se-á a um continuado trabalho de saneamento
financeiro, a par de um forte rigor orçamental.
Agora, a nova liderança concelhia social-democrata terá que
começar do zero o processo que conduzirá às eleições autárquicas de Outubro de
2013.
Não vai ser um caminho fácil, muito pelo contrário. O tempo
começa a ser escasso para escolhas e decisões que façam esquecer a
responsabilidade do PSD, quer na ruinosa Fundação Robinson, quer na dívida
astronómica que coloca Portalegre como a capital de distrito com o maior valor
de dívida por Munícipe.
Mário
Casa Nova Martins
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